Na sexta feira ao fim da tarde quando fui buscar os meus filhos à escola repetiu-se a macacada do costume que é eles a correrem e a fugirem com um amigo do mais velho e respectivo irmão, um pouco mais velho que o Afonso, que estavam a sair à mesma hora que nós. Eu e a outra mãe deixámo-los correr e brincar, mas a certa altura há um momento em que dizemos: já chega. Mas para eles nunca chega e por mais que eu chamasse, ele continuava a fugir. A certa altura agarrei-o e então o impensável aconteceu. Com o excitamento de ir apanhar o amigo virou-se contra mim e levantou-me a mão para me empurrar. E aqui, ele ditou a sentença dele do fim de semana: Não foi à festa de um grande amigo da escola no sábado e não teve direito a PlayStation (que só joga ao fim de semana) nem Ipad. Claro que no carro ele chorava, dizia que eu era má e que nunca me ia obedecer nem dar presentes quando eu fizesse anos. Eu expliquei que ele tem que me obedecer, ser educado e nunca na vida pode levantar a mão a um adulto. Nem aos amigos quanto mais aos pais! O fim de tarde foi difícil. Ele estava-me com um ódio profundo. Chegou a casa e correu para o frigorifico para agarrar no convite do amigo e eu não ter o número para ligar à mãe do amigo a dizer que afinal ele não ia. Lá lhe expliquei que já tinha o número no telemóvel. Foi difícil dar o banho, mas depois ele acalmou e deixou de me odiar quando viu a avó chegar para ficar com eles e eu e o pai irmos sair. Afinal, eu já não era a pior mãe do mundo. O pai esteve uns 20 minutos a falar com ele e o resto do fim de semana foi tranquilo. Nunca pediu para ir à festa nem jogar. Ele percebeu que tinha agido mal e que ia mesmo ser castigado. A mim custou-me tirar-lhe a festa do amigo, mas educar não é fácil. Ele está numa fase de desafio, em que me provoca e responde mal - depois é o maior doce do mundo - mas está mesmo numa pré adolescência infantil e é muito importante que ele saiba os limites e que se se portar mal será castigado, e os castigos serão sempre as coisas que ele mais adora. Custa muito, mas tem de ser.
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