No fim do jantar. O Afonso começou a perguntar pela família. Devo dizer que ele faz isto umas 10 vezes por dia.
Filho pequeno: o pai?
(nós respondemos) está a trabalhar.
Pequeno: a mãe?
(Eu) estou aqui!!
Filho pequeno: o mão (mano)?
(Filho grande) estou aqui!
Filho pequeno: a avó?
(nós respondemos) não está?
E ele ia voltar ao início, como faz sempre, mas o mais velho interrompeu.
Filho grande: e o avô? Sabes onde estão os nossos avôs?
Eu: o mano não sabe, querido.
Filho grande: eu explico. (Vira-se para o mano) É assim. O Afonso não sabe onde estão os avôs porque eles já morreram e estão no céu. Eles não conheceram o Afonso, mas gostam muito do Afonso e estão lá em cima a tomar conta de nós. (Olha para mim, que tinha lágrimas a rolar pela cara) É assim, não é?
É, filho. É. E nem imaginam a pena que eu tenho que os vossos dois queridos avôs não possam partilhar connosco da alegria que é estar junto de vocês e ver-vos crescer.
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