Tenho andado a conter-me no café. Ontem não bebi nenhum, mas as energias também estiveram muito em baixo. Vou agora ali beber um, que estou mesmo a precisar. Sempre bebi um café na gravidez do A. (sim, que eu já sou grávida numerosa. Afinal, esta é a minha 5ª gravidez, hein) Desta vez estava mais cautelosa, mas também não vale a pena cair em extremos. Vou ser cuidadosa, mas vou beber o meu cafézinho diário. E é agora!
31 de agosto de 2012
E mais logo...
Vou até ao Chiado que eu adoro. Um dos meus locais de eleição. Onde trabalhei durante vários anos. Nos últimos anos a equipa e o projecto foram difíceis, mas eu saía e repirava aquele ar e aquela luz de vida cosmopolita, comia um gelado no Santini, ia à Bertrand espreitar os últimos livros, ia comprar roupa para o meu piolho à Du pareil Au Meme ou ia ao café Royal deliciar-me com aquela comida divinal acompanhada de groselha e tudo parecia mais fácil.
Vida de mãe
Hoje fiquei a trabalhar em casa e tenho passado o dia todo a ouvir o meu filho chamar-me. Estou muito bem e parece ouvi-lo a chamar por mim. Penso se ele já acordou da sesta e depois recordo-me que ele foi aproveitar o último dia de férias com a minha mãe e a minha irmã. Mas é tão estranho ter a casa só para mim. Mas hoje estava muito cansada e a precisar de me poupar um boacadinho. O trabalho faz-se de igual modo e sempre poupo uns 80km em cima. E como logo tenho um jantar com uma amiga que não via há imenso tempo e que vai ficar "doida" quando não pudermos partilhar uma garrafa de vinho (é a segunda vez que ela é informada da minha gravidez à frente de um menu), mas muito feliz.
30 de agosto de 2012
Vida de grávida!
Que sono... Não paro de bocejar. E daqui a bocado tenho uma formação de 2 horas. Não sei como é que me vou aguentar sem fechar os olhos. Tenho estado a resistir ao café diário de hoje, mas este sono... e estou tão feliz!
Ainda na independência do piolho
Até ontem a frase era:
- Vou à minha vida!
Ontem, mudou de registo.
- Vou a caminho!
E era vê-lo andar de um lado para o outro a exclamar: vou a caminho! Chegava ao pé de mim, repetia a sua frase e ia para o pé da avó. Voltava a repetir a sua frase, ria-se e corria para o escritório onde estava o pai... E andou assim imenso tempo, muito divertido e a dizer a toda a gente que ia a caminho!
Hoje de manhã queria perguntar à Maria se esta frase é dela. É quase de certeza. Até aposto que ele está a brincar, chama-a e ela diz: Vou a caminho!
E o dia começou...
Com muitos beijos aos meus amores (O meu marido ainda está atordoado com a notícia. Não lhe tinha dito do atraso nem que ia fazer o teste) e com um pequeno almoço saudável: sumo de laranja natural, nozes e iogurte caseiro com doce de figo, também feito por mim (e que a minha querida Maria salvou depois de eu ter feito camarelo!). E já marquei a ecografia e mais logo vou ligar à minha médica. E um bom dia para todos! Estou feliz!
29 de agosto de 2012
Beta HCG positivo
É um misto de uma alegria imensa, estou GRÁVIDA, mas ao mesmo tempo um receio enorme de que, mais uma vez, esta gravidez não chegue a bom porto. (quem passa por aqui sabe o que eu passei no último ano em que sofri dois abortos espontanêos). Fiz a análise de sangue hoje na Joaquim Chaves, que eu adoro e recomendo, e amanhã ligo à minha médica para acertamos os pormenores e tudo o que tenho de fazer para garantir que tudo corre da melhor maneira possível. Quero tanto, mas tanto, este bebé! Deus permita que daqui a nove meses tenha um lindo e saudável bebé nos braços.
O perigo das meias!
O meu filho hoje de manhã estava de meias e andava a brincar no nosso quarto. Quando ia saltar para cima da cama, os pés escorregaram-lhe, escorregou na colcha e derrapou no chão indo com a cara à madeira. Muito choro e uma bochecha inchada. Peguei no saco de pão ralado aromatizado da bimby e coloquei-lhe no rosto para impedir o inchaço. Muitos beijos e mimos.
Filho: Se for ver os bonecos fico melhor. Eu sou corajoso...
Muitos mais beijos e "A Casa do Mickey Mouse" ajudaram a curar a dor do meu filho. Vamos ver como está a cara dele quando chegar a casa.
Coisas de mini ajudante
Ontem o meu filho passou o dia muito divertido a ajudar a Maria a tratar da casa. Estava radiante. Ajudou a fazer as camas, a arrumar o quarto dele, a fazer iogurtes, a varrer, a aspirar e a limpar a casa de banho com a esfregona. À noite, uma amiga nossa foi lá jantar para ficar a tomar conta dele, que nós tínhamos um evento. Ele estava a contar tudo o que tinha feito, muito contente. A certa altura do diálogo:
Amiga: E também limpaste as sanitas?
Filho: Não!
Amiga: Porque não?
Filho: Porque têm cocó!
28 de agosto de 2012
Coisas de filho independente
Para quem ainda não fez os 3 anos não está nada mal.
Mãe: Onde é que vais?
Filho: Vou à minha vida.
E lá vai ele.
Mãe: Onde é que vais?
Filho: Vou à minha vida.
E lá vai ele.
Sigam este blogue!
Este pequenino blogue chega a ter 300 visitas diárias. Não é nada, comparado com outros blogues, mas é o meu cantinho e eu gostava de conhecer melhor quem por cá passa. Sigam-nos! Obrigada!
Sapatos para toda a família
Acho que já vos falei aqui da Javari, mas nunca é demais relembrar as coisas boas. É uma sapataria online - ainda está ligada à amazon - que tem todas as marcas (para os pais e para as crianças) a preços completamente imbatíveis! No ano passado comprei lá os sapatos todos do meu filho e umas Hush Puppies lindas de morrer para mim. Vale a pena. E eles estão sempre com promoções e baixas de preço.
Iogurteira
Já não via uma iogurteira há muitos anos, mas hoje a Maria chegou lá a casa carregada com uma para fazer iogurtes com o meu filho. Ele adora ajudar na cozinha e hoje vai fazer iogurtes caseiros para ele. É uma brincadeira e uma maneira dele comer iogurtes sem corantes nem aditivos. Tenho de me aventurar a fazê-los na bimby, que já me disseram que ficam óptimos.
Jantar parte II
Hoje ao jantar, só os dois, perguntava eu: o que fizeste hoje com a Maria. Ele faz o ar pensativo, a que deliciosamente já nos habituámos, e diz: agora estamos a jantar! E ignora a minha pergunta e devora o frango com as ervilhas ( acho que comeu pela semana toda) usando o garfo para empurrar a comida para a colher. Foi um jantar tão feliz. Fico feliz quando ele come com prazer. Já aqui partilhei a angústia que é ele quase não comer e nunca ter fome, portanto, hoje foi com grande alegria que o vi comer e repetir e voltar a repetir e a repetir! Pode ser que se continuar assim chegue aos 12 kg. Para quem está a caminho dos 3 anos não é peso de gente, eu sei, mas é o que temos e ele é um miúdo saudável e super desenvolvido a todos os níveis, excepto no tamanho. Mas era bom que botasse corpo, é que eu já me começo a irritar com algumas pessoas que estão sempre a mandar bocas. Ele não tem (ainda) irmãos para as comparações, mas tem primos, e de vez em quando lá vem a boquinha: o M. Só vai fazer dois anos e está maior que ele, o M. (outro M) só fez um ano e pesa mais que ele... Sim, é verdade! É de raça minoria, mas é como o meu avô diz ( e eu repito para não mandar toda a gente à fava) o que importa é do pescoço para cima e, aí, o meu Amor está muito à frente!
P.s: desculpem o desabafo, já devia estar a dormir, mas o Maridão foi à bola (ainda não percebi ver que jogo uma vez que ele é benfiquista e esses jogaram ontem e hoje foi o meu Sporting) e eu estou à espera pois o menino não levou chaves de casa.
27 de agosto de 2012
"É a fingir"
O meu filho está na fase do faz de conta. Ao jantar (só os dois) dizia ele: a camisa da mãe é má, a cabeça da mãe é má, o corpo da mãe é todo mau. A mãe é má. Não gostas da mãe?, perguntei. Gosto! É a fingir! E a mãe é uma bola cor de morango, o pai é uma bola azul e eu vou salvar a mãe. E o pai? Não. Ele vai ficar triste, disse. Não faz mal. É a fingir!
Com tanto a fingir e faz de conta, com aquela imaginação a bombar não admira que nem sempre as noites sejam tranquilas e que ele acorde assustado, perdido nos próprios sonhos.
Aproveitar a última semana de Agosto
Aproveitar a última semana em que podemos circular em Lisboa sem trânsito
Aproveitar a última semana antes da creche abrir
Aproveitar enquanto ainda podemos dormir mais um bocadinho de manhã (piolho fica em casa e não há trânisto)
E quem está de férias aproveitar os últimos cartuchos!
26 de agosto de 2012
Mercearia vencedora - uma desilusão
Na sexta feira estava muito cansada e sem vontade para fazer jantar. A Maria também não tinha feito nada - a nossa prioridade nestas semanas em que está com o A. em casa é ele e não o resto - e fui com o Maridão e o filhote jantar fora. Tínhamos planeado ir à Quinta dos Frades do Chakall em date, mas houve mudanças de planos e lá fomos os três. Tinha de ser um sítio adequado a crianças e como me apetecia picanha fomos à mercearia vencedora nas Docas. Há muitos anos costumava ir a este mesmo restaurante na Lapa e era fantástico, mas desta vez deixou muito a desejar. Foi agradável, estava uma noite óptima e o piolho portou-se bem, mas achámos estupidamente caro para a relação qualidade preço. Não me apanham lá outra vez.
Um dia com direito a Summer Set parte
O dia começou com uma viagem de ferry para ir ter com os primos M. e M. a Tróia. Fomos passar o dia ao Tróia resort onde uns dos meus cunhados têm casa e foi um dia fantástico, que acabou numa festa de pôr do sol dedicada aos mais pequenos com direito a música ao vivo e animação. Enquanto os miúdos se deliciavam com gomas, smarties e cachorros quentes nós comíamos ostras e bebíamos sakerinhas deliciosas! Foi um dia e uma noite em grande.
24 de agosto de 2012
Sugestões (grátis) para o fim de semana
Aqui deixo algumas sugestões de programas grátis para fazer com a pequenada (e não só) durante este fim de semana:
E se tiver mais sugestões, partilhe aqui!
- Mini golfe no Jamor, Cruz-Quebrada. Pode levar piquenique, pois há uma área reservada para tal. Também tem campos de futebol onde miúdos e graúdos podem jogar. Levar pão para dar aos patos.(Quem quiser alugar uma canoa para dar um passeio pelo lago tem de pagar)
- Sábado. Mercado Biológico do Príncipe Real
- Domingo, dia 26 de Agosto, OutJazz nos Jardins da Torre de Belém, em Lisboa, a partir das 17h00
- Quinta pedagógica dos Olivais
- Parque Infantil do Alvito, Monsanto
- Andar de bicicleta ou simplesmente passear junto ao Rio Tejo (ali para os lados do Museu da Electricidade). Leve uma mantinha e depois do passeio descanse num dos inúmeros jardins.
- Jardim da Música no Parque das Nações
E se tiver mais sugestões, partilhe aqui!
A minha "futura" filha!
O meu marido diz que a nossa filha (que ainda está para vir, apesar de estar encomendada há muito) vai ser assim!
23 de agosto de 2012
geração mini smart (phones)
Podia ser o meu filho. Já tivemos de mudar a password do Ipad e ontem apareceu-me com o telemóvel do pai a tirar fotografias! E o touch para eles é o mais institivo possivel e a apple ganha! Ao meu huawei (também smartphone) ele não liga tanto! E a verdade é que este Xperia é o mais pareceido com o iphone!
Relatos de um jantar
Como quem por aqui passa sabe o jantar é a altura que lá em casa temos de nos reiventar mais e ser mais criativos e pacientes para não acabarmos todos zangados! Ontem levei uma ampulheta para mesa e, apesar de não ter tido um efeito mágico, ele achou graça à brincadeira e lá foi comendo. Enquanto comia e brincava com a ampulheta, íamos conversando.
Mãe: A que é que brincaste com a Maria?
Filho: Deixa cá ver... (Inclina-se para trás, olha para o vazio muito pensativo e teatral) Já sei! Plasticinas!
O que eu e o marido nos rimos com o "Deixa cá ver"... Vindo de um piolho de 2 anos e meio!
Doce de figo
Esta noite deu-me para fazer este doce, uma das mais doces memórias da minha infância, mas o resultado foi um caramelo com figos lá grudados e menos horas de sono. Não sei se estará comestível, mas acho que não. Pelo menos, aprendi o ponto de caramelo!
21 de agosto de 2012
Family Coaching
Já aqui falei do livro que ando a ler e a "estudar" intitulado Family Coaching e de que estou a gostar imenso e hoje descobri o blogue e o site das autoras do livro. Gostei muito. Tem imensas questões práticas que nos podem ajudar no dia a dia. Não são só os nossos filhos que se recusam a comer a sopa e nós não somos as únicas mães a achar que um dia enlouquecemos! Gosto deste conceito de Family Coaching e acho que pode ser uma boa orientação na maior missão das nossas vidas: educar um filho.
Filho Report!
Acabei de receber um telefonema da Maria a dizer que o meu filho almoçou lindamente, está feliz com a sua nova amiga e que agora dorme a sua sesta. A Maria estava tão feliz. Por isso digo que não ganhámos uma excelente empregada, mas um anjo lá para casa, uma terceira avó para o meu neto. O meu filho é um castigo para comer, não quer nada, nunca tem fome e é aflitivo o pouco que conseguimos que ele coma. O pediatra diz que é dele, que está óptimo, mas preocupa-nos sempre muito. 2 anos e meio ainda não passou dos 11.5kg Este verão usa as calças do verão passado, pois como tirou as fraldas não tem rabo para segurar nada. E no Inverno há-de usar as do ano passado. Ontem foi o dia que comeu pior desde que está em casa com a Maria e ela estava tão aflita. E ela não é mulher de aflições e está muito habituada a crianças, mas custou-lhe muito que ele não comesse quase nada o dia todo. E agora ligou-me feliz! Cá para mim ele não quis fazer má figura perto da L., a sua nova amiga de 3 anos. E se ele está feliz, eu também estou... e Muito!!
Uma nova amiga
Hoje a nossa Maria levou a sua netinha, de 3 anos, para passar o dia em nossa casa e brincar com o meu filho. Já tínhamos falado sobre isto e tanto eu como o meu marido achámos óptima ideia, pois nestes dias em que está em casa com ela convive menos com crianças, até porque a primalhada continua toda de férias. Hoje, sem o avisar, a Maria chegou com a sua surpresa. O meu filho enroscou-se a mim a rir, feliz, e depois foi abraçá-la. A L. também entrou sem receios e dois minutos depois estavam os dois a brincar aos pares do Pocoyo. Quando eu peguei na carteira para sair ele olhou para mim e disse: hoje não choro! (ontem, segunda feira, foi um dia dificíl em que ele não queria ficar em casa, mas felizmente 10 segundos depois passa-lhe e já está feliz, palavras dele) e correu para mim e beijou-me na bochecha: o meu beijinho! e regressou para a brincadeira! E eu saí de casa feliz e tranquila, por saber que ele vai ter um dia diferente e bem passado!
Este blogue recomenda Ken Follett
Depois de me ter rendido aos "Pilares da Terra" estou desejosa que chegue lá a casa "A Queda dos Gigantes", o primeiro volume de uma triologia que parece ter os ingredientes todos para me conquistar. " As vidas de 5 famílias - americana, alemã, russa, inglesa e escocesa - cruzam-se durante o período umultuoso da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do Movimento Sufragista. Neste primeiro volume, que começa em 1911 e termina em 1925, travamos conhecimento com as cinco famílias que nas suas sucessivas gerações virão a ser as grandes protagonistas desta trilogia. Os membros destas famílias não esgotam porém a vasta galeria de personagens, incluindo mesmo figuras reais como Winston Churchill, Lenine e Trotsky, o general Joffreou ou Artur Zimmermann, e irão entretecer uma complexidade de relações entre paixões contrariadas, rivalidades e intrigas, jogos de poder, traições, no agitado quadro da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino. Um extraordinário fresco, excepcional no rigor da investigação e brilhante na reconstrução dos tempos e das mentalidades da época."
20 de agosto de 2012
A 1ª ida ao cinema
Ando cheia de vontade de levar o meu piolho ao cinema e este post e este fizeram-me pensar já nos planos para o próximo fim de semana! Tinha pensado irmos na altura do natal, mas acho que era uma boa irmos ver o Madagáscar 3. Com que idade levaram os vossos filhos ao cinema pela 1ª vez? Que filme foram ver, lembram-se? Correu bem? Eu estou mortinha para me sentar com o meu piolho e o meu maridão numa sala de cinema. Só espero que ele goste e se divirta muito. Depois conto.
Felicidade em estado puro!
Foi o que sentiu o meu filho quando ontem lhe dei a touca e o fato de banho que comprei para ele ir para a natação! Que alegria! Só experimentou a toca, mas fica de se comer com beijos!
19 de Agosto e um nevoeiro quase cerrado!
Estava assim o tempo ontem quando chegámos Ao Jamor. Saímos de casa (a 5 minutos dali) com um sol fantástico, mas o tempo foi fechando, fechando. Não estava frio e não foi o nevoeiro que nos impediu de andar de canoa, fazer um piquenique e jogar minigolfe. Estou cada vez mais fã deste sítio. De salientar que andei de canoa ontem, pela primeira vez, aos 34 anos e que o meu filho se estreou com 2 anos e meio e adorou!
Simplex aqui no blogue
Boas notícias. Finalmente consegui remover aquela coisa (estúpida) da verificação de palavras. Achei que já o tinha feito, mas afinal não. E ao ler hoje este comentário percebi que podia ser comigo. E era. Bem-vinda aqui a estas vidas:-)
Esperamos que seja desta que acabei com a verificação e que tenham mais vontade em comentar. Afinal, este blogue é um espaço de troca de ideias e de opiniões. Já agora, leram o meu post das chuchas? Não têm nada que me possam dizer que me ajude a ajudar o meu filho a largar as chuchas? É que sinto-o cada vez mais preso à chucha para dormir. E agora com os pesadelos...
O Ruca à minha maneira
O meu filho adora o Ruca e eu acho que é um projecto / boneco muito bem concebido. Toca nos temas que são importantes para os mais pequenos, ensina-lhes o caminho certo com risos e brincadeiras e tem aqueles pais que devem ter sido os primeiros a exercer a "parentalidade positiva", pois nunca se zangam, enervam ou levantam a voz.
O preferido dele é o "Ruca vai à praia", mas no sábado tínhamos ido à piscina e, acima de tudo, era muito tarde e eu queria contar-lhe a história com ele já na cama e de luz apagada e disse que lhe ia contar a história do "O Ruca vai à piscina". Ele disse logo que ia também o primo André (primo do coração do meu filho a quem já dediquei uns posts aqui). E assim foi. Retratei o nosso dia de piscina em que o protagonista era o Ruca, relembrei os perigos e cuidados a ter, sempre na voz sábia dos pais fofinhos do Ruca e ele adormeceu feliz e tranquilo. Rapidamente passou para o TOP 5 das suas histórias e o mais engraçado é que para hoje pediu "O Ruca vai ao parque de Miraflores".
Diálogo da manhã!
Filho: A mãe hoje não vai trabalhar. Fica em casa.
Mãe: Não pode ser, filho. Mas combinamos uma coisa: a mãe vai trabalhar a correr para depois à tarde irmos ao parque.
Filho: (Muito espantado) A mãe não vai de carro?
Muitos risos, abraços e beijos.
Terrores nocturnos
Tenho notado que a criatividade do meu filho está muito aguçada. O jogo do faz de conta. O “é a fingir”. Ultimamente é frequente ligar ao Mickey para ir connosco à praia ou à piscina. Tem longas conversas ao telemóvel com desenhos animados, primos, amigos ou com a avó e no fim diz que é a fingir. Adora histórias, principalmente as que envolvem o lobo mau. Não sei se está relacionado, mas eu penso que sim, que este apogeu da criatividade trouxe consigo os chamados terrores nocturnos. O meu filho não tem problemas em adormecer, conto-lhe uma história, temos um momento de mimo, digo-lhe que o quarto dele é lindo e especial e que tem lá os amiguinhos de peluche para lhe fazerem companhia e ele fica bem e tranquilo. Mas, a meio da noite, surgem os pesadelos, o medo do escuro, “o meu quarto é mau, “está um cavalo grande aqui”, “não quero ficar aqui.” E, a frase mais comum: “tenho medo. Quero ir para a cama da mãe e do pai.” Durante 2 noites foi impossível convencê-lo a ficar na caminha dele. Conversámos muito (às 5 da manhã), mas ele estava tão assustado que o levámos para a nossa cama. Depois, com o sol a inundar o quarto, fizemos uma vistoria, espreitámos para todo o lado e ele viu que não estava lá nada que não devia. Retirei uns bonecos que estavam pendurados e que ele agora não gostava e tranquilizei-o. Mas à 1 da manhã ele acordou a chamar-me. Queria fazer xixi. Pu-lo a fazer xixi, voltei a deitá-lo e ele diz logo: a mãe fica aqui um bocadinho. Fiquei, conversei com ele, fui despejar o bacio, voltei e ele sempre ansioso. Adormecia, mas quando me ouvia sair dava um salto. Lá lhe falei da coragem dele em dormir no quarto, do escuro da noite ser bom para descansar e de muitas outras coisas que achei que ele gostava de ouvir e que o iam fazer sentir-se seguro. Lá consegui sair do quarto, dizendo que ia chamar o pai para lhe dar um beijo. Quando cheguei à minha cama o pai já dormia e eu deitei-me a pensar que num minuto ia ouvir chamar por mim, mas não. Ele adormeceu e eu também até de manhã…
17 de agosto de 2012
Transformar as birras em sorrisos!
Eu e o meu marido temos apostado numa educação positiva do nosso filho. Temos um longo caminho para percorrer, mas temos lido muito sobre o assunto (obrigada por todos os conselhos, dicas e sugestões de leitura à Mum's the boss) e percebido que "não é com vinagre que se apanham moscas", ou seja, se ele grita numa birra não adianta nada gritarmos também. Ele vai gritar mais, ficar mais frustrado e nós também e, rapidamente, a nossa vida familiar se pode transformar num poço de angústias e de tristezas. Estou a aprender a descontruir as birras do meu filho e o que aconteceu ontem foi um exemplo de parentalidade positiva e maternidade feliz!
O meu marido já tinha saído e estava eu e o meu filho a acabar de jantar. Ele estava a molhar o pão no ovo estrelado e, a certa altura, molhei eu o pão para ele usando o garfo porque o ovo já não estava muito líquido. Ele ficou danado porque não era assim que ele queria e preparou-se para uma birra. Começou a barafustar e a subir de tom. A certa altura eu ri-me e disse que ele tinha bigodes amarelos! Tão giros! São do ovo. Queres ir ver? Ele abrandou o choro e disse que sim. Fomos até à casa de banho, viu-se ao espelho e riu. Disse que estava duro e eu expliquei que o ovo tinha secado e por isso estava assim. Ele achou um piadão. Lavámos a boca e regressámos à mesa. Ele olha-me e diz: "Já estou mais contente! Desculpa, mãe" E eu sorri, feliz, muito feliz, por ter conseguido ajudá-lo a ultrapassar uma birra tendo consciência do que se tinha passado. Pediu-me para ligar o rádio e continuámos a jantar, felizes e em harmonia.
Partilhei este pequeno episódio convosco, pois sei que nem sempre é fácil lidarmos com as birras dos nossos filhos ao fim do dia, quando estamos mais cansadas e um pouco impacientes. Mas acredito que a nossa obrigação e dever é ajudá-los. Cabe a nós arranjar artimanhas para contornarmos as situações e ajudá-los a lidar com as birras e frustrações. E às vezes, basta um pequeno desvio da atenção deles para tudo correr da melhor forma.
Perspicácia infantil!
Depois do trabalho fomos os 3 ao parque e foi uma animação. O meu filho correu, saltou e brincou para libertar as energias. Ao regresso para casa queria ir às cavalitas do pai, mas o meu marido não o conseguia levar porque estava cheio de dores de costas. Acabou às minhas cavalitas e lá fomos para casa a cantar com ele a dizer que estava feliz!
À hora do jantar o meu maridão equipou-se para ir jogar padel.
Filho: Vai jogar futebol?
Pai: Não. Vou jogar ténis.
Filho: Não pode. Tem dor nas costas!
Ri-me tanto com a perspicácia do piolho. E o meu marido também e foi com algum sacrifício que se arrastou para ir jogar porque não conseguiu arranjar um substituto e não ia deixar a equipa pendurada. No final, foi um jogo soft e ele ficou completamente rendido a esta modalidade.
Bom dia!
A noite foi difícil para o meu filho, que teve pesadelos a perguntar pela chucha, e para o meu marido que andou com ele para um lado e para o outro. Eu estava tão exausta que só me apercebi do que se passava quando a nossa cama foi ocupada pelo meu piolho querido. De manhã, ele dormia profundamente agarrado às suas 3 chuchas e eu saí sem ele estar acordado. Espero ansiosamente pelo fim do dia para o comer com beijos e sentir o seu abraço ao mesmo tempo que diz: "minha mãe"! Há coisa melhor no mundo? Não. Não há.
16 de agosto de 2012
Que delícia!
Este blogue maravilhoso presenteou-nos com estas delicias. Só me apetece desligar o computador, ir a correr a um bom mercado ou supermercado para comprar tudo o que preciso e ir para casa preparar estes pratos fantásticos. Sem pressas, sem correrias, ao som de uma boa música e de um copo de vinho. Apetecia-me ter mais tempo para cozinhar e para tudo o que é realmente importante. Às vezes estou tão farta destas correrias... E ao fim de semana aproveitamos para passear e estar com amigos e mal estamos em casa, mas domingo vou ficar por casa a cozinhar para os meus amores. E vou ao YouCook escolher a ementa! Depois conto como correu, mas tenho a certeza que vai ser um sucesso!
Feriado maravilhoso!
Fugimos de Lisboa na terça ao final do dia. A chuva acompanhou-nos, mas foi óptimo chegar aqui para encontrar cunhados e primos. Cheirava a terra molhada e a campo e o jantar foi no alpendre do bungalow. O dia amanheceu cinzento e o meu filho saltitou nas poças de galochas. Houve passeios a cavalo e brincadeiras no campo. A hora de almoço trouxe o sol e os esperados banhos de piscina. O dia acabou com a largada de touros em Samora Correia e depois regressámos a casa, felizes.
14 de agosto de 2012
Varicela. Vacinar. Sim ou não?
Ao ver os filhos de umas amigas sofrerem imenso com a varicela decidi falar com o pediatra e levantar a questão da vacina. Se há vacina para quê fazê-los sofrer durante uma semana com comichões horrendas? O pediatra começou por explicar que não há consenso nesta vacina e que os médicos não estão todos de acordo, mas, na opinião dele não devemos vacinar contra a varicela. Apresentou-me os argumentos que aqui partilho:
1 - Não está provado que a vacina não se limite a "empurrar" a varicela para mais tarde, sendo que ter varicela em adulto é muito mais complicado do que em criança. Além disso poderá surgir noutras estirpes mais problemáticas;
2 - Como a vacina não está incluída no plano nacional de vacinação não se consegue irradicar a doença, pelo que está sempre a surgir e a trazer novos casos;
3 - Não faz mal nenhum às crianças ter varicela. É chato, mas não passa disso mesmo.
Achei que os argumentos do Pediatra eram válidos. Logo, segui a opinião dele em não vacinar.
Conclusão: devia ter estado com os filhos das minhas amigas quando eles estavam com varicela. No próximo ano lectivo algum dos coleguinhas da escola deve encarregar-se de lhe passar o bicharoco.
Moedas e ouro
Para o meu filho o conceito de dinheiro está relacionado com as moedas. Desde o verão passado que percebeu a lógica das transações graças às bolas de berlim e aos matraquilhos. Para irmos trabalhar, sempre explicámos que o fazíamos para nos darem moedas para podermos comprar as coisas que eram precisas. Ontem, a nossa Maria introduziu o conceito do Ouro.
Hoje de manhã:
Mãe: Até logo, amor.
Pai: Vamos trabalhar.
Filho: Para ganharem moedas e ouro! Até logo!
Uma ternura...
Estas alcofas para bebé são a coisa mais fofa do mundo. Quando estava grávida corri tudo à procura disto, mas só encontrei em Espanha. Talvez não tenha ido aos sítios certos. Mas para quem está à espera de um novo piolho aqui fica uma descoberta que eu fiz hoje. Aqui.
Galochas em Agosto!
Porquê, São Pedro? Porque é que dás chuva para amanhã, dia 15 de Agosto, feriado, e depois para o resto da semana voltamos aos 30º?! Vamos para fora e na mala levo havaianas e galochas, fatos de banho e camisolas polar! Porquê?!
Libertar energias!
O meu filho tem imensa energia e ontem, depois de ter estado o dia todo em casa com a nossa querida empregada Maria, precisava de libertar energias. Pediu-me para irmos ao parque depois do jantar. Ao parque não podíamos ir porque estava a ficar noite, mas fomos comer um gelado à Artisani nas Docas. Eu deliciei-me com a especialidade de Pastel de Nata, que é simplesmente maravilhosa. Ele comeu gelado de morango (o seu sabor preferido seja para gelado, gelatina ou iogurtes) com bolacha, como ele bem explicou à menina que nos atendeu. Depois de consolados com os gelados o meu filho começa a correr, a correr e faz as docas para a frente e para trás sempre com o turbo ligado. Era vê-lo a fintar as pessoas e a libertar as suas energias correndo, correndo. As pessoas riam à sua passagem, pois parecia um mini atelta. É que o dia de ontem com a Maria em casa correu muito bem, mas foi um dia tranquilo durante o qual ele não teve oportunidade de correr e saltar.
13 de agosto de 2012
Uma boa sugestão!
Dominó personalizado! Adoro!
Este blogue (not so fast) levou-me até aqui e depois cheguei aqui. Não sou muito habilidosa de mãos, mas adoro estes projectos e estas sugestões para fazermos com os mais pequenos. E acredito que um dia irei conseguir fazer coisas super giras com o meu filho.
Bom dia e boa semana!
E depois de um fantástico fim de semana no campo começa uma semana que altera as rotinas familiares. Pela primeira vez, e durante as próximas 3 semanas, o meu piolho vai ficar com a nossa Maria, a empregada, o anjo, a fada que temos para nos ajudar em casa. Ele adora-a, desde o primeiro minuto que a viu, e apesar de só estar connosco há 6 meses parece que nos conhecemos e somos familia desde sempre. Esteve 20 anos em casa de uma prima do meu marido e ajudou a criar-lhe a filha. Além disso, criou 5 dela com o sorriso e a douçura cabo-verdiana e ajuda a criar os netos e os sobrinhos. Estas semanas vai cuidar do meu filho para nós podermos trabalhar e só espero que tenham uns dias muito bons.
11 de agosto de 2012
Quinta da Fata
Uma deliciosa tarde entre amigos da família. Uma quinta linda, que é também um turismo rural onde apetece estar e ficar. No alpendre, ao fim do dia, juntaram-se à conversa e aos petiscos os hospedes da casa e falou-se em várias línguas. Eu e o meu marido gostávamos de nos reformar assim. Uma quinta transformada para receber os amigos de sempre e conhecer pessoas novas.
Doido por chuchas
O desfralde correu na perfeição. Acho que nem poderia ter sido mais simples e perfeito, mas agora começamos a pensar em acabar com a chucha e temo que vá ser um processo difícil. É que o piolho não tem uma, mas três chuchas para dormir. Logo, tem o vicio da boca e de mão. Achamos que Setembro vai ser uma boa altura, mas ainda não sabemos bem que plano usar. Ele gosta tanto, mas tanto das suas chuchas! Como é que tiraram as chuchas às vossas crianças? Com que idade? Sugestões milagrosas para os fazer esquecer as chuchas? Toda a ajuda é bem vinda. Obrigada.
Bom fim de semana!
Viemos até ao campo, à quinta que era a "menina" dos olhos do meu pai. À quinta onde nos casámos, na festa mais bonita de sempre. Um beijo para o meu pai, que deve estar muito feliz por estarmos aqui com o seu neto que ele tanto amava. Só foi pena nunca terem cá estado juntos para percorrem os caminhos das matas aqui à volta com o meu pai a contar histórias e lendas de encantar.
10 de agosto de 2012
Andamos nisto!
O piolho acorda por volta das 4 para fazer xixi. O pai lá vai (o meu marido é o anjo da noite lá em casa) mas depois é um martírio para ele ficar na cama dele e tem acabado na nossa. Resultado: cedemos numa situação com a qual não concordamos e dormimos todos mal.
E também vou encomendar este!
"As Cinquentas Sombras de Grey". E por questões de trabalho. E não pensem que não sou uma mulher séria que tem um trabalho indecente. Sou apenas uma pessoa que vive da escrita e a quem este livro (que também já tinha vontade de ler) pode dar jeito no próximo projecto para que me desafiaram. Espreitem aqui.
9 de agosto de 2012
E como o meu filho adora o Ruca!
Estes já estão a caminho.
E eu, às vezes, gostava de ser mais parecida com a mãe do Ruca. Já viram que ela nunca se enerva, nunca perde a calma, nunca se passa da cabeça!!
Manhã de stress é igual a filho ansioso
O atraso e o stress deu origem a alguma discussão matinal. Resultado: o meu filho super calado a viagem toda e um drama para o deixar na avó. Não me queria largar e perguntava pelo pai (que tinha ido na mota). E uma mãe arrependida de não ter feito diferente. E um telefonema de paz para acalmar os nossos corações. E que o dia passe rápido para nos podermos todos abraçar.
8 de agosto de 2012
À pató!
Mãe com um rabo de cavalo muito mal feito e preso com um elástico muito feio e muito velho, daqueles com metal e tudo. Filho às minhas cavalitas.
Filho: Ó mãe. O cabelo à pató está-me a magoar!
Gargalhadas da mãe.
Mãe: O meu cabelo está à pató?
O filho ri.
Filho: Está!
Explicação: Nas férias perdemos o chapéu dele e depois de muito esforço e muita correria consegui comprar-lhe um boné azul sem bandeira de portugal, sem golfinhos, sem Algarve, sem estrelas, sem mickeys, sem carros nem aviões. Um dia ele coloca o boné ao contrário e eu disse que assim era à pató. Como ele não percebeu a expressão expliquei que era feio, ficava mal. Ele compreendeu e ontem mostrou que tinha percebido bem a explicação. Eu estava mesmo (mal) penteada à pató!
E acabei de encomendar estes dois livros


Sugestões da Magda, Mum's the Boss, sobre "Parentalidade Positiva".
Quando eu for grande
O meu filho está com pressa de crescer. Quer ir de mota com o pai (que continua a andar com a mota do irmão enquanto ele está de férias) e hoje também me disse que quer ir ao volante do carro.
Íamos nós de manhã no carro e este foi um dos diálogos:
Filho: (Muito convicto e orgulhoso) Mãe! Eu vou crescer e vou sentado aí ao volante!
Mãe: (Sorridente) E levas a mãe a passear contigo?
Filho: (Feliz) Sim. A mãe vai sentada aqui na minha cadeira!
Não se sei se o meu rabo cabe na cadeira da Bebé Confort, mas espero um dia poder andar de carro a ser conduzida pelo meu filho! Mas não há pressa... Ainda nem tens 3 anos!
7 de agosto de 2012
Constatação
O meu filho portou-se muito mal na missa. Falava. Fazia eco e ele achava graça. Corria. Ia caindo do banco. Queria ir para o altar. Pediu "bolacha" na comunhão. A missa é um martírio para as crianças. Claro que a minha mãe acha que se ele fosse mais à igreja estava mais habituado. Mas eu acho que tem muito tempo. Mas hoje era especial.
Uma sugestão
No limite. O caos. Uma família para lá de disfuncional. A loucura completa. A verdade crua e dura. Uma série como nunca vamos fazer em português, pois somos (quem manda nas TV's) sempre muito correctos e com medo de arriscar. Está a dar na 2 e na Fox.
Filho report!
O meu piolho foi hoje com a avó e com a minha irmã ao Jardim Zoológico. Estava tão feliz de manhã com a ideia de ir ver os golfinhos, as focas, o elefante (não sei de onde tirou a ideia que eu não lhe minto, mas não quis levar chucha que o elefante roubava), o leão... Até bolachas me pediu para dar aos macacos. Acabei de saber que foi uma manhã em cheio e que agora dormem todos a sesta, tranquilamente. E um dia com uma carga muito triste transforma-se num dia em que os sorrisos e a alegria do meu filho fazem a diferença. E estou feliz por saber que a minha irmã foi capaz de sorrir no dia de hoje...
Mãe, o meu ipad? Quero jogar
Todos os dias a mesma conversa. Já lhe explicámos que o Ipad não é dele. Foi oferecido por ele e pelo pai à mãe, mas que é da família toda. Ele anui e pergunta: posso jogar, posso? Adora os jogos (todos muito didáticos e super giros para a idade dele), mas a verdade é que me preocupa esta adoração. Quero que ele brinque com puzzles de verdade. Que saiba que nem tudo é a 3D. Que goste e se interesse por outros jogos. Nós tentamos ao máximo brincar com ele com outras coisas, e ele alinha e adora e acabamos por nos divertir muito, mas que tem um fascínio pelo Ipad que aplaude e canta e solta estrelas quando ele acerta um jogo tem.
Saudades
E hoje uma missa pelo meu pai. Faz 2 anos desde que morreu. Nós só o chorámos dois dias mais tarde, mas hoje é a data do seu falecimento. E apesar dele não ser um católico muito praticante a minha mãe mandou rezar uma missa. A minha mãe é muito, muito crente e a fé conforta-a. Quero acreditar no céu, na vida depois da morte e que o pai (como outras pessoas muito importantes que já partiram) está no céu a olhar por nós. No desespero do sábado rezei a Deus e pedi ao meu pai e ao meu sogro para impedirem que algo de mau acontecesse ao nosso menino. Penso muito no meu pai e no outro dia apercebi-me que já não consigo ouvir a voz dele dentro dos meus pensamentos. Até há pouco tempo, quando pensava nele, ouvia-o dizer: "dona Mafaldinha" que era como ele me chamava... Mas já não consigo ouvir o timbre da voz dele, já não o consigo reproduzir... Tenho muitos filmes em 8mm para ver, mas ainda não consigo. Ainda não tive coragem para o fazer, mas sei que existem e que vou poder mostrar ao meu filho a mãe em pequenina com o avô. Lido bem com as fotografias e tenho muitas em casa e na casa da minha mãe, mas a imagem é diferente... É como se ele regressasse à vida. Gostava muito que isso acontecesse, mas como é só a ilusão do video, ainda não consegui... Como a minha mãe ainda não conseguiu voltar a entrar no quarto deles onde ela o encontrou sem vida... E logo vou levar o meu filho à missa para estarmos todos juntos a pensar no meu pai. Não sei como vai correr. O pior que pode acontecer é eu ter de vir com ele cá para fora... Como o meu pai fazia sempre que podia...
6 de agosto de 2012
As primeiras 48 horas
As primeiras 48 horas desde o acidente já passaram e o meu filhote continua muito bem. Estive com ele de manhã até o deixar na minha mãe e ele estava óptimo. Esta noite fez xixi na cama e poderá ter a ver com algum nervoso por causa do que aconteceu. Apesar de não mostrar trauma em relação ao que aconteceu nem medo da escada a verdade é que foi um grande susto. Eu confesso que ainda não recuperei do choque. Sempre que me lembro do que aconteceu preciso de respirar fundo e recordar que está tudo bem.
P.S: Muito obrigada por todas as mensagens, emails e beijinhos que enviaram. E nunca nos podemos esquecer que os principais acidentes acontecem em casa quando eles estão connosco.
5 de agosto de 2012
O meu filho continua bem
E hoje recebeu um presente por ontem ter sido um menino muito corajoso. Ele queria muito umas havaianas - tinha umas do ano passado com elástico que o magoavam - porque nos vê a nós e aos primos de havaianas. E hoje lá fomos comprar umas. Sorte das sortes encontrámos umas havaianas do tamanho dele, sem elásticos e com o Mickey. Estava tão feliz!
Felizmente, não passou do maior susto das nossas vidas
Sábado de manhã. 8h. O meu filho acordou. Chamou-me. Fui buscá-lo. Passei pela cancela que proteje as escadas e fechei-a. Tirei-o da cama. Fez xixi e levei-o para a nossa cama. Ele já não tinha sono e minutos depois levantou-se. O pai perguntou se eu tinha fechado a cancela. Ensonada, disse que sim. Uns segundos depois um barulho. Novamente a mesma pergunta: fechaste a cancela? Sim. E um estrondo! Pânico. O mundo parou. Voamos da cama em direcção às escadas e lá ao fundo, estava ele, estatelado no chão e a chorar. O som, o grito do meu marido e esta imagem jamais desaparecerão da minha cabeça. Ele estava consciente. Mexia-se. Agarrámos nele. Deitava muito sangue da boca. Chorava e queixa-se da cabeça. Voámos para o hospital. Minutos de terror. De puro medo. De culpa porque tinha fechado mal a cancela. No carro ele parou de chorar e começou a querer adormecer. Eu falava e mantinha-o acordado. O meu marido conduzia-nos à Estefânia. Muito medo. Um medo que nunca tinha sentido na minha vida. Na Estefânia fomos muito bem atendidos.Ele estava apático. O A. entrou logo para a triagem. Só um de nós o podia acompanhar.. Estava ao colo do pai e assim ficou. Eu do outro lado da porta de vidro. A angústia. O pânico. 20 degraus são muito degraus. A queda tinha sido muito feia. Ele estava cheio de hematomas na cabeça. Foi posto a soro e ligado à máquina que mede as frequências. Foi picado e portou-se muito bem. Colaborou em tudo. O ben-u-ron que levava através do soro começou a tirar-lhe as dores. Apesar de estar consciente e a reagir era preciso fazer raio -x. Fui com ele. Portou-se muito bem. O raio-x estava bem. Mais alívio. Um peso a sair de cima de nós. Sentiamo-nos seguros ali. Sentiamos que o nosso filho estava em boas mãos. Contou ao pai o que tinha acontecido: encostou-se à cancela, abriu, ele rebolou como uma salsicha, bateu na parede da frente e caiu para o lado. O pai nem queria acreditar no pormenor do relato. Mais tarde, foi preciso fazer uma tac para tirar algumas dúvidas. Mais receio. A anestesista estava demorada no bloco e avançámos para a tac com ele acordado. Minutos antes no S.O ele tinha estado a ver os desenhos animados do Max. Na tac falei-lhe do avião e das missões do Max e que aquela máquina onde ele ia estar era só para meninos especiais. Era uma missão muito importante e ele não se podia mexer. Eu e o pai estávamos os dois presentes. Ele não se mexeu, apesar de estar assustado. Fizemo-lo sentir um grande campeão. Falámos do gelado enorme que ele ia comer quando saíssemos do hospital. Voltámos para o S.O para aguardar o resultado do tac. Um casal nosso amigo estava lá desde manhã, hora em que tínhamos combinado ir à praia. Foi um apoio muito importante quando não podíamos estar ao lado do A. Estávamos na rua junto à janela do S.O. Sentíamos presentes. As dores de cabeça passaram com o ben-u-ron. Eram 3 da tarde quando veio o resultado da tac. Estava tudo bem. O meu coração voltou a começar aos batimentos normais, apesar de ainda não estar tudo certo. Foi-lhe dado um chá frio para ver se ele não vomitava. Adorou o chá (que era de limão, disse ele) e depois aninhou-se na caminha e dormiu. Uma hora depois teve alta. Estava exausto. Viemos para casa. Dormimos todos a sesta. O coração e as emoções começaram a normalizar. Acordou 2 horas depois bem disposto e a pedir para ir ao parque comer um gelado. Lá fomos com calma para evitar grandes loucuras. A médica tinha-nos dito para fazermos vida normal, mas para termos atenção nas 48 seguintes. Mais de 24 horas já passaram. Ele está bem e não ficou traumatizado com a escada. Fiquei mais eu e o pai do que ele. Nunca mais me descuido com a cancela. Ainda ouço o estrondo dentro de mim. Obrigada, meu Deus por tudo ter acabado em bem. E ainda bem que há um Hospital Dona Estefânia onde podemos ir com os nossos filhos. E dou comigo a pensar: e quem vive no interior? E quem vive a horas dos hospitais? Como é que é possivel que nem todas as crianças tenham os cuidados que o Hospital Dona Estefânia pode prestar?
3 de agosto de 2012
E ontem descobrimos mais um jardim!
Ficámos fãs deste novo espaço. Escondido em Miraflores, atrás do Dolce Vita, está um parque fantástico! Bons equipamentos. Bem cuidado. Seguro. E com uns óptimos relvados para jogar à bola ou preguiçar. É tão bom descobrir coisas novas!
2 de agosto de 2012
Uma das paixões desportivas do meu filho
A que ele chama pinga pongue!
Desde muito pequeno (e ele ainda só tem 2 anos e meio) que ele adora pingue pongue.
No outro dia estava eu muito cansada e ele andava à minha volta para eu transformar a nossa mesa de jantar numa mesa de pingue pongue (graças a umas redes da Decatlon). Acedi ao pedido:
Eu: Está bem. Já vamos jogarmos matraquilhos.
Ele: Não é matraquilhos. É pinga pongue. (estive 3 semanas numa terra onde há mesas de matraquilhos pequenas a cada 100m, incluindo no areal da praia)
Uns minutos depois…
Eu: Estou pronta. Anda jogar matraquilhos.
Ele dá uma gargalhada, olha para mim de forma benevolente e diz: Óh, mãe… Não é matraquilhos. É pinga pongue.
The Neverending Story
Hoje viajei no tempo com esta recordação. E lembrei-me do meu pai. E da minha infância.
Obrigada, Verão!
O Verão é amigo das famílias e dos amigos. É amigo das crianças. É amigo das gargalhadas e dos abraços ao ar livre. É amigo das caras lambuzadas de gelado e dos festivais de água nos bebedouros. O dia de trabalho acaba e ainda há sol e calor para brincar. Antes de jantar há tempo para jogar futebol e rebolar na relva. Parece que ganhamos tempo. Sentimos que ganhamos horas de vida. Eu adoro o Verão. Apesar das férias saberem sempre a pouco consigo ter mais tempo para quem gosto. E ontem ao fim do dia estivemos aqui e, entre amigos, o meu filho jogou à bola com um grande amigo nosso (professor de educação física de crianças) enquanto eu e a mulher dele punhamos a conversa em dia e aplaudíamos os golos. Não houve pressas. Não houve birras. Só faltou o maridão para ser mais que perfeito.
E também é pena o cafézinho da esplanada ter fechado há uns meses.
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