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A posição da Francisca na minha barriga!

Eu sei que a Francisca ainda tem tempo para dar a volta, mas de vez em quando lá me recordo que ela ainda não deu a volta e continua atravessada. Hoje encontrei este artigo da Pais&Filhos, que postei abaixo, e que veio confirmar o que eu já tinha falado com a médica e com a minha professora de ginástica do Centro Pré e Pós Parto. Na quarta feira tenho a última ecografia e vou saber mais pormenores sobre a posição da bebé, mas acho que vou adoptar a moda de andar de gatas lá em casa... e vou deixar de cruzar a perna enquanto trabalho, até porque a minha filha detesta, tal como os irmãos detestavam, e dá-me logo um pontapé! Não me quero stressar, mas irei fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que a princesa dê a volta para nascer de parto normal e não de cesariana. Bem sei que não se comparam as gravidezes nem os filhos, mas por esta altura os manos já tinham dado a volta!!

Posições do bebé na barriga

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Dentro da barriga, nem sempre o bebé adota a posição mais indicada para o parto. Mas é possível ajudá-lo a dar a volta.

1 - Qual a melhor posição em que o bebé pode ficar?
A melhor posição é a ocipito-púbica (anterior), o que quer dizer que a cabeça do bebé está a apontar para baixo, as costas estão coladas à barriga da mãe e a face está voltada para a coluna vertebral (da mãe). Esta posição permite uma passagem mais suave pelo canal de parto uma vez que a parte mais pequena da cabeça do bebé atinge o colo do útero (parte baixa do útero) em primeiro lugar. A maioria dos bebés adota naturalmente esta posição antes do nascimento.

2 - Quais as outras posições em que o bebé pode estar?
O bebé pode ficar na posição ocipito-sagrada posterior (quando a parte detrás da cabeça e as costas ficam junto à sua coluna vertebral), na posição transversal (quando se posiciona ao longo da pélvis com a cabeça de um lado e as nádegas do outro) e em apresentação pélvica (longitudinalmente no útero, com as nádegas ou os pés junto do canal de parto).

3 - Como posso ajudar o meu bebé a adotar a posição mais adequada?
Existem alguns exercícios, desenvolvidos pela parteira neozelandesa Jean Sutton, denominados OFP (‘optimal fetal positioning’). O truque passa por se manter ativa durante a gravidez, o que influencia o bebé a adotar a posição mais correta no útero. Também é importante que passe algum tempo por dia na «posição de quatro» (quatro apoios, dois joelhos e duas mãos no chão) e que rode as ancas.

4 - Existem provas que a OFP resulta?
Não existem muitos estudos sobre a eficácia da OFP. No entanto, um artigo publicado pela base de dados Cochrane (organização independente e sem fins lucrativos que disponibiliza informação sobre saúde) revelou que passar dez minutos por dia com as mãos e os joelhos no chão pouco influenciava a posição do bebé. Outro estudo revelou que, quando os bebés estão na posição occipital posterior durante o parto, se a mãe passar pelo menos 30 minutos ‘de quatro’, ao fim de uma hora o dobro dos bebés adoptam a posição occipital anterior. Quando Jean Sutton foi promovida a chefe de parteiras numa maternidade da Nova Zelândia, graças aos seus exercícios conseguiu que a taxa de partos com a ajuda de fórceps descesse de três a quatro por mês para dois a quatro por cento ao ano.

5 - Qual é o problema da posição costas-contra-costas?
O trabalho de parto pode ser mais demorado e desconfortável caso o bebé esteja na posição occipital posterior e a grávida pode ter mais dores nas costas, uma vez que a cabeça do bebé está a fazer pressão na sua coluna vertebral. Ele vai ter de rodar 180 graus antes de nascer e pode ser doloroso. As contrações vão ser a dobrar para dilatar o colo e de forma a posicionar o feto. Caso o bebé não vire, pode ser necessária a intervenção de fórceps ou ventosa para o ajudar a nascer.

6 - E se o bebé não der a volta?
Nos casos em que o bebé está em posição transversal ou em apresentação pélvica, os médicos optam pela cesariana para evitar complicações para a mãe e para a criança. É uma das poucas situações para as quais a cesariana está indicada.

7 - Se não é habitual, por que razão o meu bebé está nesta posição?
Segundo Jean Sutton, assistiu-se nas últimas décadas a um aumento significativo de bebés na posição occipital posterior. Tal pode ser explicado pelo estilo de vida sedentário das mães. Permanecer muito tempo sentada pode fazer com que o bebé se posicione contra a sua coluna devido aos movimentos da pélvis. Ao contrário, se permanecer ativa e de pé, tal irá aumentar as hipóteses do bebé adotar a posição occipital anterior.

8 - Será que a cabeça do bebé não vai ‘encaixar’ se estiver na posição posterior?
Os bebés em posição occipital posterior têm menos probabilidade de se posicionarem corretamente antes de começar o trabalho de parto. No entanto, de acordo com as recomendações do Instituto (britânico) Nacional para a Saúde e Excelência Clínica (NICE) este não é um problema. «Quando o trabalho de parto começa, a cabeça molda-se um pouco e a pélvis cede perante as contrações uterinas. A combinação destes fatores facilita o processo».

9 - Em qual das etapas da gravidez o bebé começa adotar a melhor posição para nascer?
O bebé começa a mover-se desde o início da gravidez e muda de posição à medida que vai crescendo. No final da gestação, com o espaço reduzido ao mínimo, vai descer até à pélvis e adapta-se à posição em que irá nascer. Isto acontece por volta das 35 semanas.

10 - O que posso fazer para encorajá-lo a ficar na posição correta?
Adotar o hábito de ver televisão ajoelhada no chão, não cruzar as pernas (uma vez que diminui o espaço na parte da frente da pélvis) e manter-se ativa durante a gravidez pode ajudar o bebé a adotar uma posição correta.

11 - Será que há problema se dormir de costas?
Os especialistas não aconselham as futuras mães a dormir de costas, especialmente nos últimos meses de gravidez, devido à pressão que é colocada no útero, o que restringe o fluxo sanguíneo.

12 - O que posso fazer se o meu bebé já estiver na posição posterior?
Exercite as ancas quando estiver ajoelhada duas ou três vezes por dia, cinco minutos de cada vez. Yates, professora de Shiatsu, recomenda gatinhar porque, além de encorajar a posição occipital anterior (OFP), é um bom exercício para os músculos abdominais e das costas. Além de gatinhar para a frente e para trás, sugere que se espreguice como um gato. «Pela minha experiência, se a mulher adotar a posição de quatro desde o início da gravidez e se trabalhar estes exercícios, se o bebé estiver na posição posterior dará a volta em 99 por cento dos casos». Yates recomenda ainda às mães com bebés transversais para adotarem estas posições e, assegura que na maioria dos casos o bebé muda de posição.

13 - E se nada disso resultar?
Tente não se preocupar. Alguns bebés estão determinados a ficar numa certa posição. No entanto, lembre-se que a maioria dá a volta durante o parto.

14 - Estou com 32 semanas e, neste momento, o meu bebé está pélvico. É um problema?
Cerca de 15 por cento dos bebés são pélvicos (com os pés ou as nádegas junto ao canal de parto) às 32 semanas. A maioria irá dar a volta nas próximas quatro semanas, com apenas três ou quatro por cento a permanecerem na posição pélvica à medida que o nascimento se aproxima. Se o bebé não der a volta às 36 semanas, poderá ter de marcar uma consulta de forma a discutir as várias opções do nascimento.

15 - Quais as opções de parto mais prováveis?
Se o bebé não tiver dado a volta às 37 semanas, o obstetra pode tentar uma técnica denominada Versão Externa. Realizada em meio hospitalar, sob monitorização fetal contínua, um obstetra experiente administra um relaxante muscular uterino, no sentido de facilitar a manobra, coloca as mãos na sua barriga e empurra de forma firme para tentar guiar o bebé a dar a volta. Não é doloroso, mas pode ser desconfortável e resulta em 50 a 70 por cento dos casos. Se o bebé não mudar de apresentação, pode ser sugerida uma cesariana.

16 - Será que há algo que possa fazer para ajudar o bebé a dar a volta?
Algumas pesquisas sugerem que o ato de levar os joelhos ao queixo pode ajudar a deslocar o peso do feto (coloque-se com as mãos e os joelhos no chão, apoiando os antebraços no chão, de forma que o rabo fique mais elevado).

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