Apesar de ser ainda pequenino e, na minha opinião, ainda não perceber verdadeiramente o que se irá passar quando a mana nascer, a verdade é que o meu filho, que tem sido o bebé da casa até agora, já se está a agarrar demasiado a mim, como se quisesse garantir o lugar dele no meio colo, e não o quer partilhar nem com o irmão nem com o pai. É só mãe, mãe, mãe... Não dá beijos ao pai, nem deixa que ele se aproxime dele (a não ser quando quer algo em troca como sentar-se na moto ou quer que o pai o atire ao ar nas brincadeiras com o mano) e só me quer a mim para tudo. Durante a noite, se chama por mim e eu não ouço - é verdade, sou uma sortuda e lá em casa quem dorme de ouvido aberto desde sempre é o pai e não a mãe - o pai vai lá e é mandado embora. A mim parte-me a alma assistir a isto e o meu marido sofre com esta rejeição. Nem o beijinho de despedida antes de sairmos para a escola lhe dá. "É só a mãe!". Nós conseguimos gerir muito bem a chegada dele com o irmão mais velho, que nunca teve ciúmes, mas estou um bocadinho sem saber como fazer esta gestão. Sei que o Afonso vai ser mais pequeno do que o mais velho era quando teve o irmão. O Afonso ainda não vai ter 3 anos (a mana nasce em Janeiro e ele faz 3 no final de Abril) e o Alexandre tinha 3 anos e quase 4 meses quando teve o irmão. E, além disso, nunca foi tão bebezão como este é. Temos andado aqui a pensar na forma de agilizar a chegada da mana fazendo com que o Afonso também se assuma como mano mais velho e não como bebé (como agora se intitula). Vamos tratar de o mudar para uma cama de crescido, guardando a cama de grades, e vamos continuar a felicitar a autonomia dele, como temos feito, e que passa por o encorajar a despir sozinho, a ir arrumar e buscar os sapatos à sapateira, a ir deitar a roupa suja no saco da roupa suja... Além disso, vamos promover programas exclusivos de pai e este filho para criar mais laços. Esta semana o meu marido foi buscá-lo à escola e diz que ele ficou radiante quando o viu, que o abraçou e que foi maravilhoso, e vamos tentar que estes momentos aconteçam mais vezes. É que ainda por cima é tão injusto para o meu marido, que é um super paizão, que dá banhos, muda fraldas, fica de vigília enquanto eles mamam e eu não consigo ter os olhos abertos de tanto cansaço, embala noites a fio, tira as licenças de paternidade e faz tudo o que é preciso, é o que os come com beijos, brinca, salta, faz macacadas, que vai de noite pôr a chucha, que torna os banhos de imersão divertidos, que adora ir ao cinema ver desenhos animados, faz legos e pistas de carros... E está tão triste com esta rejeição do Afonso. Eu hoje tentava animá-lo dizendo que era uma fase, e ele respondeu: "diária..."
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