Eu durmo profundamente. E depois há noites em que mais do que dormir é quase entrar em coma. Geralmente estou assim na noite de Domingo para segunda depois de um fim de semana intenso com praia, parque, corridas, bicicletas, festas, almoços e jantares! Este fim de semana, então, foi mesmo, mesmo bom e mesmo, mesmo intenso. Adormeci na sala a ver a minha série do momento e lá me arrastei para a cama às 11 da noite. Acordei estremunhada com o meu marido a falar com o filho mais velho, que estava deitado ao meu lado. Refilei: Não podes vir aqui para a cama! Já falámos sobre isto. E diz ele: oh, mãe... mas eu perguntei e tu disseste que sim... E eu respondi: Já sabes que o que a mãe responde enquanto dorme não conta! Vamos lá embora. E lá me tropecei toda para o ir deitar de volta na cama dele.
De há uns meses para cá o mais velho andava com o terrível hábito de se vir meter na nossa cama, do meu lado, todas as noites. Eu ferrada no sono, deixava-o entrar... Nem dava por nada. Afastava-me um bocadinho e ele entrava... Ou não me afastava e ele ficava tão à beirinha para não darmos por ele, que chegou a cair da nossa cama.
Mas depois percebemos que isto de vir todas as noites dormir connosco era um perfeito disparate. Até porque estava muito possessivo em relação a mim e numa de afastar o pai e de fazer cenas de ciúmes quando via um beijo ou uma carícia entre nós. E falámos com o pediatra que foi peremptório: Fora do quarto dos pais! E já!!! É uma demonstração do Complexo de Édipo e há que acabar já com essas confusões na cabeça nele. E assim fizemos, proibindo-o de lá aparecer a meio da noite e garantindo que passávamos a fechar a porta se ele continuasse as visitas nocturnas.
O certo é que sortiu efeito. Muito menos visitas e muito menos reacções ao meu namoro com o pai.
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