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A ida ao pediatra

Hoje fomos ao pediatra e vamos ter grandes mudanças na nossa vida. O Afonso vai deixar a creche. Mas vamos por partes. O pediatra ajustou a medicação que o alergologista tinha prescrito ao Afonso, principalmente porque a cortisona inalada pela bomba lhe destruiu as mucosas da boca deixando-o cheio de feridas e sapinhos. Coitadinho, já quase não comia. Então, em vez da bomba vai passar a tomar Singular em saquetas. Além disso, retirou-lhe o leite de vaca. Vai passar a beber Nutribén Hidrolisado, vamos fazer papas com este leite e iogurtes só de soja. Mas o que o pediatra disse foi que enquanto o Afonso continuasse na creche não ia ficar bom. Basta um miúdo mais ranhoso que no dia seguinte o meu filho tem uma crise respiratória e fica com falta de ar e pieira. E se continuar a ir à creche vai continuar permanentemente doente, porque as defesas dele a nível respiratório são muito fracas. Vai andar sempre a tomar Ventilan, Atrovent e outros remédios sem nunca se curar, porque está permanentemente em contacto com vírus que o atacam e o põem doente. Dito isto, decidimos logo que amanhã vou falar com a educadora dele e com a directora da creche para cancelar a matricula do Afonso, esperando que ele possa regressar em Setembro, mais velho e com mais defesas. Se por um lado nem hesitei em decidir ficar com ele, por outro sei que vai ser uma gestão difícil. É certo que posso trabalhar em alguns projectos em casa, como aconteceu com o último, mas por outro tenho pena que ele deixe a creche onde adorava ir e onde tinha brincadeiras diferentes das que tem em casa, com outros bebés e pessoas super competentes, carinhosas e que o mimavam muito. E eu vou passar a estar sempre focada nele. Adoro ser mãe, amo os meus filhos com toda a minha alma e o meu ser e já tinha a flexibilididade e disponibilidade para os ir deixar tarde (9h30) e buscar cedo (16h30), mas de amanhã em diante todo o meu dia vai ser organizado em função do Afonso e dos horários dele. É certo que desde meados de Setembro ele passou mais tempo em casa que na creche, porque desde essa altura, que ainda por cima coincidiu com o fim da amamentação, que ele tem estado muitas vezes doente e em casa, mas na minha cabeça era diferente. Estava em casa porque estava doente. E aí eu estava completamente focada no meu papel de mãe, conciliando o meu trabalho para estar com ele durante o dia, mas depois ele ficava bom e lá ia todo contente para a creche. Agora, eu passo a ser o seu universo durante o dia. E pode parecer tonto, mas sinto um peso enorme. Ainda estou a digerir isto tudo! Sempre trabalhei imenso e a mil à hora. Abrandei depois de ter sido mãe porque as prioridades mudaram e porque queria ver o meu filho e estar com ele, mas continuei com um ritmo bastante intenso. A gravidez do Afonso deixou-me de baixa, rescindiram-me o contrato, o Afonso nasceu e eu dediquei-me quase a 100 por cento aos meus filhos trabalhando como freelancer num projecto. Mas sabendo que se fosse preciso estar de volta para um projecto mais absorvente, teria essa disponibilidade porque conciliaria o meu trabalho com o horário da creche. Para já, vamos viver um dia de cada vez. Vamos esperar que o Afonso fique bom e vamos ver como é que eu me vou sair nesta nova fase das nossas vidas!! O mais velho é que está inconsolável do mano já não ir mais à escola. Ele adora ter o mano bebé na escola e tem muito orgulho em ir visitá-lo. E tem ciúmes do mano ficar com a mãe e ele ter de ir para a escola. Ora aqui está uma gestão que não é fácil. No meio desta loucura desta semana olhei para os meus dois filhos e pensei que estamos muito bem assim. Para já, não vamos pensar no terceiro filho. Acho que já tenho muito com que me entreter!!! 

Comentários

  1. Desejo as melhoras do teu pequenino. O meio do meio que entrou para a creche em setembro com 2 anos também anda sempre doente. Eu acho que a creche faz muito bem, mas em miúdos tão pequeninos, penso sempre que se podem ser resguardados no primeiro ano de vida que é o melhor para eles, em termos de tudo. Acho que o primeiro ano é de Mimo. Vais ver que vai correr bem, eu sei bem que em casa não dá para trabalhar com crianças, mas pensa que isto é uma fase e que vai passar. Em relação ao leite e tal como já te tinha dito, o meu do meio é seguido também na Estefânia. Bebeu leite hidrolisado até aos 12 meses, é caro para caraças, mas ele bebia bem aquilo. Quem não sabe, nem sequer liga, mas há miúdos que apesar de não terem aquela alergia em alto grau que se manifesta em análises, têm intolerância e daí virem sintomas. As alergias não se manifestam só na pele, nas diarreias, mas sim tal como também já te tinha dito sei de uma pessoa que o menino tinha problemas respiratórios por causa do leite de vaca. É claro, que cada caso é um caso, mas quando são situações quese repetem há que analisar a fundo. Já me alonguei :) ...quanto ao terceiro, por experiência própria acho que fazes muito bem para a tua própria cabeça. Deixa o Afonso crescer mais um bocado. Dois com menos de dois anos de diferença é o mesmo que ter gémeos. Quando se está sozinha, só dá para atender um de cada vez, o outro tem de ficar a chorar, tem de esperar para comer, tem de esperar para dormir...e quando estão doentes ao mesmo tempo e choram ao mesmo tempo ui. Há os momentos bons claro, mas é muito o cansaço. Beijinhos e as melhoras.

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    1. Olá! Obrigada. Sim, eu já tinha lido o teu comentário sobre a questão do leite de vaca e faz todo o sentido. O leite custa uma fortuna, mas se é para o Afonso ficar bom vale bem o esforço! Obrigada pela força e pelas palavras e conselhos amigos! Beijinhos

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  2. Desejo que esta estadia em casa do Afonso seja suficiente para ele ficar 5 estrelas e retomar a "sua vida" em Setembro.
    Até lá é esperar que o tempo melhore para poder aproveitar o facto de estar em casa com ele.
    Beijinhos e as melhoras.
    Carla

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    1. Obrigada Carla, também espero e acredito que sim! Beijinhos

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