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Desabafos de uma mãe em férias

Passamos o ano a sonhar com as tão desejadas férias grandes, mesmo sabendo que férias com os filhos pequenos podem ser muito cansativas, principalmente quando não vamos para hotel com tudo incluído (e nunca vamos) e somos nós que temos de fazer tudo. Antecipando trabalho trouxe as comidas praticante todas organizadas de Lisboa, como partilhei aqui num post, o que me tem facilitado imenso a vida. Foi mesmo uma maravilhosa solução e recomendo a quem quiser facilitar o trabalho em férias. O pior são as birras dos miúdos. Os meus filhos nem são birrentos, mas quando estamos cá em baixo as birras são mais constantes. Andam mais à solta sem rotinas, deitam-se mais tarde e ficam de rastos depois de muita brincadeira na praia e muita brincadeira. Querem sempre mais e mais e parece que nunca estão satisfeitos. Eu que sou toda de horas acho importante eles terem algumas rotinas, mesmo em férias, mas nem isso impede a loucura em que andam! Andam felizes e querem tudo a que têm direito e não querem ser contrariados. É preciso não stressar e levar isto numa boa, mas quando eles não colaboram é mais complicado. Ontem, com o cansaço acumulado de quase uma semana, foi um dia difícil e tentei que dormissem cedo para regular os sonos. Não gosto que se deitem depois das 22h30, mas nem sempre é fácil estarmos já prontos, jantados e com o passeio da noite feito a esta hora. É que as solicitações nocturnas para eles são tantas ( carrosséis, carrinhos de choque, matraquilhos, carrinhos de pedais, jogar futebol com os primos e os amigos na pracinha...) que é preciso gerir muito bem. E depois de tudo, depois de os deitarmos caímos nós redondos no sofá e cabeceamos a tentar ver a nossa série preferida. E somos engolidos na loucura dos dias e noites longas. E eu só lhes peço menos birras, mas é tanta a agitação e a loucura à volta, o excitamento é tal que qualquer coisa faz vir uma birra ao de cima. Principalmente ao mais velho, que é o único da casa que não dorme a sesta. O pequenino dorme 3 horas de sesta e 10 horas à noite, como tal anda melhor durante o dia. Ontem obriguei o mais velho a deitar-se comigo um bocadinho na hora da sesta e à noite deitei-o cedo. E hoje está muito melhor. Se calhar eu devia ser menos stressada com as horas a que vamos e vimos da praia, descomplicar mais e deixar andar, mas não consigo. E já sei que todos os anos há um dia em que me passo com as birras, os choros e os gritos. É o dia em que quero férias num hotel e a dormitar à beira do coqueiro sem crianças a fazerem birra. Mas depois sorrio e sei que é sempre assim. Todos os anos é igual. Há um dia em que as birras vão ao máximo e eu que me passo. E acalmamos todos. E baixo as expectativas e tento aproveitar as férias que tenho, com esta família linda que amo. E lembro-me que apesar de tudo não trocava estes dias por mais nada. E que estas são as maravilhosas férias de verão que ficarão nas memórias dos meus filhos. Respiro fundo e relaxo. E vejo-os a brincarem cada vez mais um com outro, vejo-os juntos na cumplicidade cada vez maior e tento ler o jornal até que um deles chame para ir ao mar, para fazer xixi ou queixinhas do outro! E o jornal dura uma semana para ser lido... 

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