A auxiliar da sala do meu filho mais velho está de baixa por gravidez de alto risco. No ano passado passou pelo mesmo processo mas, infelizmente, as coisas não tiveram um final feliz e eu ainda me lembro do dia em que fui com o meu baby Afonso buscar o mano à escola, tinha ele uns 4 dias de vida, e encontrei a C., acabada de regressar depois de ter sofrido um aborto. E senti a dor dela de uma forma tão especial. Eu já tinha estado na pele dela (3 vezes). Eu sabia muito bem o que é desejar ter um filho nos braços. Só me apetecia dizer-lhe que ela também iria ter o sonho dela, mas não achei oportuno falar. Até me senti constrangida por estar ali a exibir o meu rebento. Um disparate, claro, mas sei bem a fragilidade, a insegurança e as dúvidas que sentimos quando o nosso desejo de ser mãe não se concretiza. E estou aqui a fazer figas por ela. Tenho um bom pressentimento. Está há um mês e tal de baixa, baixa essa que foi prolongada indefinidamente o que levou à contratação de uma substituta. Só pode ser porque a situação requer repouso, mas está no bom caminho.
Perguntei ao meu filho se gostava da nova auxiliar. Ele diz assim: tanto, que até me casava com ela!!!
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