Ontem continuei a ler, pelo segundo dia, o livro "A Culpa
não é sempre da mãe" e a autora avisou, antes de entrar no capítulo, que o
assunto que se seguia era sério e que íamos levar um murro no estômago. E
levei. A história de uma mãe e da morte da sua Mónica a poucos dias da indução
do parto às 38 semanas deixou-me a chorar. A descrição. As cenas a passarem-me pelos
olhos, as palavras daquela mãe e o amor de mãe que sinto pelos meus dois filhos
maravilhosos levaram-me aos soluços, um nó na garganta. Há pessoas que sofrem
tanto. E chorei. E dei graças pelos meus filhos. Não avancei na leitura. Abracei
o meu marido, que entretanto tinha semi-acordado e ao ver-me a chorar ficou
preocupado, mas lá o tranquilizei, disse-lhe que tínhamos a sorte de ter dois filhos fantásticos e lindos e cheios de saúde e ele adormeceu. E eu também adormeci, que
a leitura tinha-se prolongado bastante e já era muito tarde. Mas o relato
daquela mãe foi muito intenso. As palavras usadas para descrever aquela dor eram demasiado reais. Acho que é um texto que nunca irei esquecer. Eu sei que a Sónia já tinha feito uma reportagem
sobre o tema da perda gestacional, mas na altura penso que estava grávida e era
a própria Sónia que desaconselhava a leitura a grávidas sensíveis.
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