Mudou do berçário para a creche, manteve uma auxiliar, mudou de sala e ganhou um recreio, de onde vê o mano Afonso. Já não tem cama de grades, mas um catre para dormir. Fica sempre a chorar, mas quando a vou buscar está sempre bem disposta a brincar. Claro que custa deixá-la a chorar, custa sempre deixar um filho a chorar, desprendê-lo de nós, porque nestas alturas ainda se agarraram mais a nós, como uma lapa ao calor do nosso corpo... Custa, mas não faço drama, e depois do beijinho grande e do "até logo, a mãe já vem" acho que o melhor é sair rápido e não prolongar o sofrimento. Porque depois eles ficam bem. Ela fica bem. Recebe colo e mimo e beijinhos. Não são os meus nem os do pai. Mas são de pessoas que eu conheço há muitos anos e que há muitos anos mimam os meus filhos na minha ausência... E mimam com muito amor, um amor que vejo todos os dias quando os deixo e os vou buscar e que lhes fica guardado no coração, como eu vejo no meu filho e em tantas crianças mais velhas que continuam a considerar a escolinha uma segunda casa, onde recebem colo, mimos e beijos sempre que lá vão!
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