Na hora de definir equipas sei que as primeiras escolhas não é para quem tem três filhos pequenos, precisa de ficar a trabalhar em casa quando eles estão doentes, não tem tanta disponibilidade para ficar até tarde, para trabalhar aos fins de semana, para quem não está a par de todas as séries do Netflix, para quem não põe o trabalho em primeiro lugar, para quem é sempre a primeira a sair das festas de equipa porque o dia seguinte depois de uma noitada é muito duro. Eu fiz uma escolha, fiz a opção de ser mãe e de ser uma mãe presente no dia a dia dos meus filhos. Escolhi ser a mãe que vai levar e buscar à escola, que vai ao parque quando o tempo permite antes de seguirmos para casa, que leva à natação (apesar da logística da piscina me cansar um bocadinho), que dá o banho ao final da tarde, que está nas reuniões e ajuda a organizar as festas da escola... Para mim não faz sentido estar a ganhar mais dinheiro para não estar com os meus filhos... Se isso significa ganhar menos, menos promoções, não ser a primeira opção no trabalho, não faz mal... A minha primeira opção também é cuidar da minha família e dos meus filhos. Preciso (para a cabeça e para a carteira) de trabalhar, sinto-me realizada a trabalhar e adoro o meu trabalho, que faço com brio, empenho e paixão, que isto da escrita vem de dentro, mas a minha família virá sempre em primeiro lugar.
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