A minha querida avó faz hoje 89 anos. E que 89 anos! Não é para toda a gente aquela genica, aquela vontade de viver, aquele desembraço. Pessoa de uma sabedoria e pragmatismos únicos. Uma mulher de armas que enfrentou o exílio em Madrid no pós de 25 de Abril, mas que nunca baixou os braços, nunca teve medo (pelo menos, não o aparentou) e que tem estado sempre cá para nós e para o que precisamos. Sempre bem disposta e pronta para a festa, mas muito devota. Uma mulher com muita fé, mas com grande lucidez. No meu casamento, em 2007, houve um tio do meu marido que ficou na mesa dos meus avós e a certa altura virou-se para o meu marido e disse: " Se a M. for como a avó vais ter muito que correr!". A minha avó é assim, uma despachada, uma força da natureza, uma senhora com uma classe única, que elogia sempre a roupa do meu filho quando eu o visto com mais cuidado. Adoro a minha avó e sei que sou uma priveligiada por ainda poder ir hoje cantar-lhe os parabéns com o meu avô, seu marido há mais de sessenta anos, ao seu lado. Tudo de bom, querida avó E.
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