No sábado de manhã fui com o meu filho mais velho a um dos colégios privados onde o inscrevemos para o 5º ano. Nunca pensámos optar pelo ensino particular, mas este último ano tem sido um desgaste tão grande com greves e matéria em atraso e perante a fraca oferta ao nível do 5º e 6º ano do nosso agrupamento, eu e o meu marido fizemos contas à vida e achámos que era uma boa hipótese ele fazer estes dois anos num privado (inscrevemos em dois na nossa zona) e depois voltar para o público, para fazer o 3º ciclo e o secundário, numa escola ao lado de casa que é excelente. (Desta forma, conseguimos que os três filhos passem pelo privado no 5º e 6º ano, em anos alternados para não ser uma sobrecarga financeira tão grande).
Sábado lá fomos os dois para ele fazer os testes de admissão e fiquei encantada com o pessoal, com a forma como fomos recebidos, com as instalações, com os recreios e a área dedicada ao desporto. Estavam lá outros colegas da sala do meu filho e a alegria deles era incrível: - exclamavam eles, radiantes. De facto, é vergonhoso que nas escolas públicas as casas de banho sejam um nojo e não tenham papel higiénico. E é uma queixa recorrente. Acontece na escola dos meus dois rapazes, que são de agrupamentos diferentes. Não faz sentido. E há tantas outras coisas que não fazem sentido... Na escola do mais velho quando requalificaram a escola com a Parque Escolar recorreram a arquitetos fantásticos e até candeeiros do Souto Moura eles têm na escola, mas depois não têm nenhum espaço coberto para quando chove... É ridículo que fechem 500 crianças em corredores nos dias de chuva porque a biblioteca está fechada - não há pessoal - e o ginásio é pequeno para todos. Nem tudo será perfeito no colégio privado que escolhemos e onde esperamos que ele entre, mas pelo menos acreditamos que terá mais atenção, pessoas mais competentes a olhar por ele, principalmente a nível não docente, que no público onde ele está o nível das auxiliares é tenebroso, mais espaço para correr, para jogar à bola, para libertar energias.
Noto um grande decréscimo de qualidade na escola do mais velho desde que ele entrou no 1º ano. Cada ano nova direção, parece que ninguém consegue lá ficar a fazer trabalho de continuidade, professores cansados e a dar as matérias a correr - e percebemos nas provas que fez nos dois privados que não deu toda a matéria do programa - poucas auxiliares, sem formação, mal pagas, cheias de trabalho e desmotivadas...
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