O meu filho mais velho anda doido com tesouras. Descobre-as, procura-as, encontra-as... De vez em quando lá aparece com a tesoura das unhas ou dos papéis. Em casa de um primo apareceu com a tesoura da tia e parece que as fareja. Falei com a educadora para saber a opinião dela em oferecer uma tesoura própria para a idade para ser usada com supervisão. A ela pareceu-lhe bem, é por volta desta idade que podem começar a usar tesouras próprias sempre acompanhados pelos adultos. À tarde oferecei-lhe a tesoura. Recebi beijos, abraços e muitos "óbigado, mãe!". Estava feliz. Radiante. Olhou para mim como se eu fosse a melhor mãe do mundo, a que dá presentes espectaculares! Sentei-o na cozinha com papel e fui orientado. Eu e o meu marido, que entretanto chegou. A certa altura queria mais papel, mais fitas, mais coisas para cortar. Nós advertiamos para ter cuidado com os dedos e ele dizia: eu tenho muito jeitinho! E até tem. A certa altura quando já se preparava para cortar um individual dissémos que só podia cortar o papel que a mãe ou o pai dessem. E ele responde: o papel e o mano! Eu vou cortar o mano! Eu e o pai ficámos um pouco em nervos, a imaginar uma cena de família Adams, e lá lhe explicámos que ele não pode cortar o mano nem ninguém. Que a tesoura é apenas para cortar papel com a ajuda dos pais. E acabámos a hora dos recortes com a tesoura a ser bem escondida!
Eles nesta altura começam na escola a usar a tesoura. O meu ganhou uma em Dezembro, foi uma alegria, cortou papel até mais não, nem o papel dos poucos embrulhos escapou. Entretanto deu-lhe um chá de sumiço (à tesoura) que ninguém a encontra. Já lhe prometi que o ajudava a procurar mas ainda não houve tempo para isso. Mas é uma alegria, e nós somos mesmo as melhores mães do mundo quando eles as recebem :)
ResponderEliminar