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Pela nossa sanidade mental e dos miúdos, vamos confinar de maneira diferente

É a minha bolha durante o ano. O prolongamento da nossa casa. Uma amiga que por opção se tornou vizinha. Uma amiga com quem ficámos sempre em bolha desde que desconfinámos. Ela e os filhos são as únicas pessoas que entraram em nossa casa desde que a pandemia começou. Os nossos filhos fizeram natação juntos, quando houve alguma normalidade entre setembro e dezembro, e são os amigos que vão brincar juntos nesta pandemia. Quando é preciso esvazia-se uma casa para que esta possa recolher ao silêncio que o trabalho exige e as crianças brincam na outra, e vice-versa. É a minha rede. É a amiga que me ouve como ninguém, com  quem bebo o café diário enquanto os miúdos brincam. Construímos a nossa bolha em duas casas. As crianças estiveram sempre juntas e nós também e é graças a ela que ainda não enlouqueci, nesta vida virada do avesso que vivemos. Há quem tenha na família a rede do dia a dia, eu não tenho esse apoio, essa rede, construímos a nossa. Uma rede de um prédio para o outro, com esta família amiga que decidiu mudar de casa e vir para perto. Somos uma bolha. Uma bolha maior, com mais oxigénio. No outro confinamento fui, muitas vezes, chorar sozinha para o carro. Desta vez, vou poder na companhia de uma amiga, que me recebe com café quentinho e palavras sábias. Transformámos duas casas pequenas numa única e achamos que é este o caminho para um confinamento com menos desgaste psicológico. Porque admitamos, é difícil. E entre ter os miúdos sempre com os ecrãs e à bulha, prefiro que brinquem aos Playmobil e às casinhas, ora aqui, ora lá, desanuviando e mudando de cenário, por umas horas, permitindo alguns momentos de paz aos pais que têm de continuar a trabalhar. E para trabalhar é preciso silêncio, paz de espírito, tranquilidade para uma pessoa se concentrar mais do que 2 minutos seguidos. Esta é a nossa estratégia e acreditamos que nos ajuda a aguentar e seguir em frente o tempo que for preciso, que podem ser meses. O importante é mantermo-nos a salvo. Fiquem bem.

Comentários

  1. Muito boa ideia! Eu sinto-me a rebentar...

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  2. Eu ia rebentando no confinamento anterior, foi muito duro, e temos que preservar a saúde a todo o custo, mas também a sanidade mental para que as famílias sobrevivam a esta prova... Fiquem bem. Bjs

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