Avançar para o conteúdo principal

Generation Gap

Desde que soubemos que estava grávida e que o risco de aborto era menor que contámos ao nosso filho que ele ia ter um mano. Calmamente, sem pressas e sem grandes insistências fomos fazendo um trabalho para o preparar da melhor maneira. Fiz uma sessão de coaching com a Mum's the Boss e lemos o livro do Brazelton sobre a relação entre irmãos. Até agora, tem corrido tudo às mil maravilhas com o primogénito e os maiores problemas têm surgido com a minha mãe que ficou profundamente ofendida por termos decidido que o momento em que o mais velho ia conhecer o mano era só nosso, da família de 4, do nosso núcleo. Sentiu-se excluída, afastada e ofendida. Não compreende como não a quisemos presente naquele momento. A minha avó também já me disse que não tínhamos o direito de ter afastado a minha mãe, mas o que nós queríamos, e conseguimos, foi que o mais velho se sentisse especial quando conhecesse o mano por quem esperava e imaginava há tanto tempo. Até porque, deixem-me dizer, as pessoas têm uma enorme tendência para massacrar o meu filho. De repente, só sabem perguntar se gosta do mano,  se é amigo do mano e dizer que se não come bem o mano vai ser maior que ele!! De facto, as mentalidades mudaram e o que para mim e para o meu marido faz todo o sentido para a minha mãe significa que a estamos a excluir. Porque é que o mais velho não ficou a dormir na avó quando o mano nasceu? Porque ele associa dormir na avó aos momentos em que os pais vão namorar e ele não é incluído. Logo, ele poderia sentir-se excluído do nascimento do mano. Porque é que eu não a quis na maternidade a dormir comigo? Porque queria estar a sós com o meu novo filho, queria-o só para mim e que ele me tivesse só para ele! A minha mãe é uma peça fundamental na nossa vida, mas está a custar-he muito aceitar que existem outras pessoas (a família do meu marido) e momentos em que são só nossos. Ela sempre respeitou o nosso espaço e nunca impôs a sua presença, mas ontem fizemo-la falar e percebemos o que realmente sente.

Comentários

  1. é complicada essa situação :s não sei o que fazia no teu lugar...mas até gosto da tua maneira de pensar! :) vah, força para a família toda!

    ResponderEliminar
  2. Vou a caminho do terceiro filho e NUNCA fui para casa de mãe ou sogra dormir ou vieram cá elas dormir quando algum deles nasceu. A minha mãe ajuda-me muito, vem cá ajudar-me quando pode nas tarefas domésticas mas é só por duas horas, não mais.Por muito que custe as pessoas têm de perceber que temos o nosso espaço. Então quando nasce um bebé, quer-se e precisa-se tanto de calma.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Gosto de saber o que as outras vidas têm a dizer sobre isto!

Mensagens populares deste blogue

Aos senhores do bebegel

Deviam vender embalagens com Bebegel... Ou sem bebegel... Só mesmo as embalagens vazias. Escusava de ter de deitar o produto fora. Falo por mim, mas acredito que muitas mães e pais deste país iriam comprar!!

A Bimby Toy!

Esteve guardada desde o dia em que comprámos a nossa Bimby - há uns 3 anos - e recebemos a Bimby Toy como presente. Afinal de contas, o nosso filho era muito pequenino para este brinquedo. Mas no fim de semana falei dela ao meu filho mais velho - depois de um domingo divertido na cozinha a fazer um bolo para um amiguinho da escola que lá ia lanchar a casa - e ele quis logo ver. Ia correndo mal porque eu não tinha as pilhas certas para a máquina, mas ele compreendeu e aceitou. E agora vamos comprar as pilhas e pôr a Bimby das crianças a funcionar.  Não aquece nem corta, mas dá para fazer algumas receitas simples e divertidas! Todos os botões são operacionais, o indicador LED de temperatura e o visor são iluminados. Inclui a Varoma, espátula, peça para bater, copo graduado e lâmina misturadora em plástico – numa versão pequena para os mais pequenos. Funciona a pilhas, sem cantos ou arestas aguçadas. Para cozinheiros pequenos, mas cheios de estilo: uma “Bimby brinque

Oftalmologista Pediátrico

A vermelhão no olho do meu filho estava pior e parecia estar a começar a afectar a pupila. Eu sou uma mãe descontraída, mas uma vez o pediatra ralhou-me quando o arranhei na vista e não o levei a ser visto por um especialista. Desta feita, depois de uns dias a soro sem resultar lá fomos a um oftalmologista pediátrico e foi um encanto (principalmente porque estava tudo bem). Um médico fantástico, que começou logo a brincar e a ganhar a confiança do meu filho e começaram logo aos fives. (E não pensem que o médico é novo, pois tinha idade para ser avô do meu pequenote). Examinou-o lindamente, incluindo com líquido de contraste e o  meu filho foi um campeão... Palavras do médico que diz que aquelas gotas doem para caraças! Parece que é só uma inflamação, vamos aplicar umas gotas e voltar lá dentro de 10 dias para nova observação. Como se portou tão bem dissemos-lhe que ele tinha direito a gelado e ele convidou logo o seu novo amigo para vir connosco… É um sociável bem disposto, este m