Depois de três dias sozinho com os miúdos, já todos bem cansados e cheios de vontade de regressarem a casa, porque têm saudades da mãe e já lhes chega de férias, o maridão recebe a notÃcia da morte de uma tia querida. Estavam a uma hora de casa, numa aldeia histórica, a queimar os últimos cartuchos. O pai agarra neles, leva-os para casa, preparam as malas e arrumam tudo, metem-se no carro (aqui parece uma sequência rápida, mas lembrem-se que é um adulto para três crianças...) e faz uma viagem de mais de 4 horas, com serra pelo meio, para chegarem à terra de famÃlia paterna do meu marido. Mandei roupa lavada para todos por uns cunhados que saÃam de Lisboa para o mesmo destino e entre os irmãos organizaram as dormidas. Eu meti a cabeça no trabalho para não me preocupar com a viagem longa que iam fazer. Chegaram bem. Era tudo o que eu queria ouvir. E no meio do cansaço e da viagem teve de ir respondendo a todas as perguntas que foram surgindo sobre a morte, sobre aquela tia... Mal conseguimos falar, mas sei que tudo isto irá mexer com as emoções do meu amor, irá ao cemitério e ao jazigo onde está o pai, vai ter de gerir as perguntas/ receios/ anseios dos nossos filhos, que provavelmente irão querer ir à s cerimónias... E eu tenho a certeza que ele irá gerir tudo muito bem, como sempre faz. Mas gostava de o abraçar, de lhe dar a mão. Não vejo a hora do final de amanhã chegar para os abraçar. Até lá, cabeça e mãos ao trabalho para o tempo passar mais depressa.
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