Eu amo os meus filhos, como qualquer mãe saudável e que teve filhos por opção, por projeto de vida, por amor... mas eu e o meu marido andamos exaustos psicologicamente. Com 10, 6 e 4 anos os nossos filhos estão muito exigentes, desafiantes, desobedientes, refilões, brincalhões, bulhões entre eles... A casa é pequena, estamos muito perto uns dos outros, sempre, e quando acabamos de os deitar, quando acabamos de arrumar a cozinha e preparar tudo para o dia seguinte, estamos de língua de fora, mais mortos que vivos... prontos para ir para a cama. Precisamos mesmo muito de tempo a dois, de os conseguir deitar cedo, de conseguir descansar e namorar. De jantar sem limpar rabos pelo meio, de passear de mãos dadas, sem preocupações, de não ter de sair da cama ao sábado de manhã e ficar ali, na ronha, a namorar, de não sermos chatos e estarmos sempre a repetir a mesma coisa... façam isto, façam aquilo... Não somos pais galinhas, mas somos bastante exigentes, queremos educá-los bem para que sejam responsáveis, para que colaborem nas tarefas domésticas, para que arrumem as suas coisas, preparem as suas mochilas... e isso dá muito mais trabalho e requer mais paciência do que se fizéssemos por eles. Educar dá trabalho, é desgastante. É recompensador, muito, mas é sem dúvida a maior missão das nossas vidas. Mas aquela ligeireza de quando éramos só dois, em que saíamos de casa em dois minutos, essa leveza voltaremos a ter quando eles estiveram mais crescidos, mais independentes, com mais vontade de estar com os amigos deles do que connosco... e aí, provavelmente sentiremos saudades de quando eram pequeninos...
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