Está muito, muito velhinho... Tem 88 anos, mas nunca o tinha visto tão mal como agora. Este fim de semana passou mal, estive lá em casa dele e da minha avó, mas o meu avô nem com a minha presença - que sempre foi a alegria da vida dele - se animou. Sempre teve menos energia que a minha avó, mas noto que decaiu bastante... Quando lá estive no sábado cheguei a pensar que era a última vez que o via. De pijama e robe (nunca andam de pijama em casa) sentado junto à braseira, de olhos fechados, a dormitar e com a respiração pesada... A minha avó bem dizia para ele ouvir o que eu estava a contar do passeio a Madrid, mas o meu avô não tinha forças... Hoje foi ao médico com a minha mãe e o que o médico disse foi que não há nada a fazer. É degenerativo e que temos que nos preparar para ir perdendo as últimas forças. Sempre foi uma presença muito forte e muito presente na minha vida. Fui a primeira neta e tive tudo a que tinha direito. Sempre fui a luz da sua vida, a menina dos seus olhos... Até há pouco tempo ligava-me todos os dias para saber como tinha sido o dia. A ver se nestes dias consigo ir visitá-lo mais vezes, pois sinto que em breve será mais uma estrelinha no céu... Não tive oportunidade de me despedir do meu pai, e quero conseguir fazê-lo convenientemente com o meu avô...
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