Sendo eu uma leitora apaixonada, que trabalha com livros, estuda o objeto livro, que escreve e que, acima de tudo, não imagina a vida sem livros, sem histórias, sem personagens e sem o encanto que a leitura traz à vida, um dos meus objetivos é partilhar e transmitir esta paixão aos meus filhos. Desde bebés que lhes escolho livros especiais, que lhes conto histórias, lhes mostro géneros diferentes, lhes falo dos escritores, dos ilustradores... e é giro ver que alguma coisa fica. Há uns meses, antes desta pandemia, o meu filho chegou a casa e disse: mãe, hoje na biblioteca requisitei um livro ilustrado pelo teu professor! Vi o nome e como já sabia que gostava dos desenhos dele, trouxe. Hoje fui à livraria solidária de carnide buscar os livros que tinha pré-reservado. Comprei dois que já tive e já li... O Harry Potter para o meu filho mais velho - eu tinha a primeira edição portuguesa, mas entre mudanças de casa... desde que saí de casa dos meus pais, aos 21 anos, para viver com amigas, até à casa onde vivo agora com a minha família, mudei de casa 6 vezes... e o Harry Potter perdeu-se... Mas hoje o meu filho já o tem e já o começou a ler. Espero que ele goste. Eu amei o livro, quando o li, mal saiu, oferecido por uma grande amiga que me foi visitar ao hospital, depois da minha primeira operação aos ovários, à recém diagnosticada endometriose. Nunca tinha ouvido falar, era muito recente e até olhei de lado quando vi um livro juvenil. Rendi-me nesse dia, quando o li de uma ponta à outra. Era muito mais velha do que o meu filho, que tem 10 anos acabados de fazer. Estou curiosa para ver como ele reage... é o primeiro livro sem qualquer ilustração.
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