Mas é verdade e aconteceu numa escola de Lisboa. A escola do meu filho mais velho. Ligaram-me ontem à noite porque faço da associação de pais. Dormi mal com o assunto e hoje falei com o meu filho, que foi um dos que assistiu, e que interveio, parando a situação (a menina aflita, a chorar, não contou nada aos pais) e foi com outros alunos que tinham assistido reportar à professora titular dos alunos em causa que não quis saber. Soubemos que o rapaz em causa, novo na escola, assim como a menina, foi convidado a sair de um colégio privado por diversos problemas relacionados com agressões de teor sexual. A coordenadora da escola recebeu-nos hoje, chocada, ouviu os envolvidos, e nem queria acreditar que nada disto vem no processo de transferência porque é abafado pelos colégios... à pergunta, mas as auxiliares não vigiam os recreios? todas as crianças responderam que elas não querem saber, estão no telemóvel... Estou agoniada com isto. Preocupada com a rapariga em causa - e parece que há mais situações - e preocupada com este rapaz agressor. O que leva a estes comportamentos? Como atuar? Como ajudar e preparar para uma sexualidade saudável, não agressiva... Como confiar nas escolas? Tudo isto se passa numa boa escola pública, frequentada essencialmente por classe média e média alta, mas que tem um problema... é gigante, 500 miúdos... poucas auxiliares e muito más, sem formação (algo que andamos há anos a pedir que se resolva) e coordenadores que no final do ano se vão embora, esgotados...
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