Tenho notado que a criatividade do meu filho está muito aguçada. O jogo do faz de conta. O “é a fingir”. Ultimamente é frequente ligar ao Mickey para ir connosco à praia ou à piscina. Tem longas conversas ao telemóvel com desenhos animados, primos, amigos ou com a avó e no fim diz que é a fingir. Adora histórias, principalmente as que envolvem o lobo mau. Não sei se está relacionado, mas eu penso que sim, que este apogeu da criatividade trouxe consigo os chamados terrores nocturnos. O meu filho não tem problemas em adormecer, conto-lhe uma história, temos um momento de mimo, digo-lhe que o quarto dele é lindo e especial e que tem lá os amiguinhos de peluche para lhe fazerem companhia e ele fica bem e tranquilo. Mas, a meio da noite, surgem os pesadelos, o medo do escuro, “o meu quarto é mau, “está um cavalo grande aqui”, “não quero ficar aqui.” E, a frase mais comum: “tenho medo. Quero ir para a cama da mãe e do pai.” Durante 2 noites foi impossível convencê-lo a ficar na caminha dele. Conversámos muito (às 5 da manhã), mas ele estava tão assustado que o levámos para a nossa cama. Depois, com o sol a inundar o quarto, fizemos uma vistoria, espreitámos para todo o lado e ele viu que não estava lá nada que não devia. Retirei uns bonecos que estavam pendurados e que ele agora não gostava e tranquilizei-o. Mas à 1 da manhã ele acordou a chamar-me. Queria fazer xixi. Pu-lo a fazer xixi, voltei a deitá-lo e ele diz logo: a mãe fica aqui um bocadinho. Fiquei, conversei com ele, fui despejar o bacio, voltei e ele sempre ansioso. Adormecia, mas quando me ouvia sair dava um salto. Lá lhe falei da coragem dele em dormir no quarto, do escuro da noite ser bom para descansar e de muitas outras coisas que achei que ele gostava de ouvir e que o iam fazer sentir-se seguro. Lá consegui sair do quarto, dizendo que ia chamar o pai para lhe dar um beijo. Quando cheguei à minha cama o pai já dormia e eu deitei-me a pensar que num minuto ia ouvir chamar por mim, mas não. Ele adormeceu e eu também até de manhã…
usa uma luz de presença, não?
ResponderEliminaré normal terem medo do escuro, mesmo até aos 6/7 anos...
Mesmo com uma luz de presença. Às vezes até penso que é pior, pois faz sombras no quarto.
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