Descobri, depois de ser mãe, o importante que é termos uma boa rede de ajuda no que diz respeito aos miúdos. Não organizo nada e não planeio atividades a contar com os outros, conto comigo e com o meu marido, mas depois, no dia a dia descobri que se nos organizarmos com pais de quem já nos tornámos amigos - e tenho tido a sorte dos meus filhos terem trazido pessoas fantásticas à minha vida, e é tão bom ter novos amigos aos 40, amigos que chegaram há pouco tempo, mas que sabemos que vão ficar para sempre. Ganhamos tempo e os miúdos ganham com mais convívio e percebem como é bom ter amigos, como é bom partilhar tarefas, como as famílias apesar de amigas podem ser diferentes nos pormenores...
Nos dias de futebol apanho mais um amigo da escola do mais velho e levo todos ao futebol. No regresso é a mãe ou o pai dele que os traz - tirando quando o meu marido sai a horas decentes do trabalho e dá aos filhos a alegria de ir ver o final do treino. Esta parceria com este amigo já vem da época passada e funciona muito bem!
Nos dias de natação é igual. Outra família de amigos, estes com 3 filhos, e ora levo eu a malta toda e chego à piscina e pareço que sou de um ATL :)) ora levam eles e eu geralmente também vou lá ter depois. Eu confesso que detesto os dias e piscina, aquele ambiente, o calor, a lesmice deles que não têm pressa depois da aula, que ficam na galhofa com os amigos no duche e que acaba, quase sempre, comigo a zangar-me porque já são oito da noite e temos mais do que fazer. Mas esta entre-ajuda permitiu-me hoje não ir lá nem levar nem trazer porque tinha uma aula da pós-graduação. Sei que eles vão e voltam bem, mandei lanche para os rapazes todos e poupei-me a uma tarde de natação!
Esta logística fica facilitada porque moramos todos a menos de 1km uns dos outros. Dizem que é preciso uma aldeia para criar uma criança... E é verdade. E se às vezes a família não pode ajudar, criamos nós a nossa rede, a nossa família alargada. E é bom saber que se surgir um imprevisto temos alguém que nos apanha os miúdos na escola, que os vai buscar, os leva, ou os traz. É bom saber que a um telefonema de distância temos quem nos segure as pontas, se precisarmos, porque nós também estamos cá sempre para o fazer, para ajudar, para facilitar. E é tudo muito melhor.
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