Foram umas férias diferentes. A tradição da Páscoa a Sul, com a família do Algarve, foi trocada pela Páscoa a norte, entre Castelo de Vide e Marvão, terra do meu sogro...
São exactamente da idade dos meus filhos, mas têm vivências completamente opostas... no primeiro dia queriam vir para Lisboa, para o cinema, para o Corte Inglês... No fim, apesar das bulhas, das discussões e da confusão já não queriam vir embora. Habituaram-se aos animais, às queimadas, à falta de televisão, à liberdade de um monte com 20 hectares por onde podiam andar à vontade... adoravam ver a lareira a arder, gostaram de jogar à bola no meio do campo, tomar banho na piscina e na barragem.
Uns dias antes do final das férias os meus sobrinhos tiveram de vir para casa do pai, como já estava estipulado, e ficámos só nós e mais dois irmãos do meu marido. Confesso que foi um certo alívio quando eles se vieram embora... a casa sossegou um bocadinho e houve menos confusão, entre primos e entre irmãos. É complicado gerir tudo entre os miúdos quando já não há uma avó que imponha a autoridade e as regras. Felizmente chegou a minha cunhada mais velha que meteu alguma ordem! Quando uns primos têm umas regras e outros têm outras... Oh, mãe, os primos deixam comida no prato e a tia depois dá-lhes bolachas! Oh, mãe, a M. diz que não tem de comer sopa! Mas entre queixumes e discussões houve muita brincadeira e aprendizagem... e o susto da minha filha cair à piscina logo no primeiro dia. Por sorte, os irmãos e os primos estavam perto, gritaram e o meu marido foi a correr e atirou-se... vestido e calçado, telemóvel, tudo! Que aflição! Ela está sempre a contar: o pai salvou a Kika e a mãe deu miminhos! Casas com piscina são um perigo e todo o cuidado é pouco. E estou desejosa para que ela para o ano vá aprender a nadar. O único aspeto positivo foi que ela ganhou um respeito tal que nunca mais se aproximou da piscina sozinha... Terminámos as férias em grande, na casa de família, com um fantástico almoço de Páscoa com sarapatel e quatro gerações à mesma mesa!
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