... E custa tanto dizer não, não é? Hoje tive uma cena com o meu filho mais velho à porta da escola como há muito tempo não acontecia. Estava ele a brincar com um grande amigo, que tinha saído ao mesmo tempo eu nós, quando a mãe dele diz: anda, F. que a prima está à nossa espera para irmos ao cinema. Claro que o meu filho que adora cinema e programas disse logo que também ia. Agarram-se um ao outro, o meu filho chorava e esperneava que também ia ao cinema... Foi uma cena que foi crescendo à medida que o meu filho ia perdendo o controlo das emoções. E eu com o pequeno ao colo para não correr o risco dele ir para a estrada sozinho, no meio daquela confusão. Eu não perdi a calma e expliquei, mil vezes, que não estava combinado, que era dia de semana, que ontem se tinham deitado tarde e que hoje era preciso deitar cedo porque estamos em semana de praia e não pode haver atrasos matinais, que o pai tinha combinado ir com ele ao cinema no fim de semana, mas nada o demovia. A mãe, nossa vizinha, convidou-o para ir, mas eu não deixei. Não concordo que ele se impinja para programas e, acima de tudo, não cedo a birras e a cenas destas. Claro que me custou imenso vê-lo naquele estado, claro que a certa altura perguntava a mim mesma se o deveria ter deixado ir... Mas pela vida fora existirão sempre programas mais interessantes do que ir para casa tomar banho e jantar. Umas vezes dá para alinhar nesses programas inesperados e ficamos todos contentes, outras vezes nem por isso e é preciso aprender a lidar com a frustração. Não é fácil, não... Mas consegui, sem gritos e sem perder a cabeça. Mas a ficar zangada por tamanha birra. A caminho de casa decidi parar para comprarmos um gelado para adoçarmos a boca e matar o calor. Eram 17h30 e estavam 35 graus. E eu fiquei exausta com aquele braço de ferro.
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