Consegui ir buscar os meus filhos a horas decentes. Fomos fazer uma surpresa ao trabalho do pai e depois, a pedido do mais velho, fomos ao parque. Já era de noite, mas estava uma óptima temperatura e eu alinhei. Brincámos imenso e foi muito bom. Tirei fotos e pedi ajuda ao mais velho para me registar a mim e ao mano. Estávamos mesmo felizes.
Mas depois... tudo mudou e se transformou numa gigantesca birra. Tudo porque eu peguei no pequenino às cavalitas para facilitar a saída do parque. O mais velho disse que também queria, eu disse que não era possível (explicando os motivos), mas ele ficou cheio de ciúmes e descontrolou-se numa birra monstruosa. Já nem conseguimos conversar. No carro, tentei explicar-lhe novamente que não o podia ter às cavalitas deixando o pequenino a andar sozinho na rua correndo o risco de ser atropelado, mas ele estava naquela espiral de birra que nem ouve nada. Consegui acalmá-lo com colo duplo (aos dois manos) à saída do carro para ir para casa. Parecia que a coisa estava controlada, mas uma nova birra aconteceu quando ao lavar as mãos saiu o desenho que uma auxiliar da escola lhe tinha feito na mão. Foi mais de meia hora de birra. E eu a perceber que aquilo era cansaço. Era ele a não conseguir controlar-se. Era ele a precisar da chucha - que nunca mais usou - para acalmar a ansiedade acumulada com o cansaço de um dia de escola e aula de natação. Felizmente o pai chegou, o jantar estava delicioso - quem não adora uns bons bifes com natas e cogumelos frescos - e o resto da noite foi tranquila. Falámos sobre o sucedido na hora de só para ele perceber que tinha agido mal e feito uma birra injusta, já que ele tinha querido muito ir ao parque e eu concordei, satisfazendo o pedido dele. E a conversa acabou assim: agora já estamos felizes, mãe, não vamos falar mais sobre isso. Não volta a acontecer. E eu beijei-o e aconcheguei-o até o sono o levar.
Comentários
Enviar um comentário
Gosto de saber o que as outras vidas têm a dizer sobre isto!