Li e este post e dei logo a minha opinião. E depois apeteceu-me escrever sobre o assunto. A minha resposta à pergunta de cima é: falem com os pediatras e usem o bom senso. O meu filho mais velho nasceu em Janeiro, um frio de rachar... Ainda me lembro da sensação de saírmos da Cuf, onde estávamos quentes e confortáveis e protegidos, para a rua, para uma casa sem aquecimento central... e com um recém nascido nos braços. Tínhamos feito os cursos todos de preparação para o parto e parentalidade, que foram fantásticos e uma grande ajuda, mas nada nos prepara verdadeiramente para aquele momento em que nos dizem: "Podem ir. Podem levar o vosso bebé para casa." Há medo em falhar, receio de não conseguirmos. Tínhamos medo que ele tivesse frio, ou muito calor... Enfim. Mas os primeiros dias foram perfeitos. O pai e a mãe em casa a adorarem o menino. Passaram as primeiras semanas e o pai regressou ao trabalho. E eu fiquei. E estava frio. E chegaram as primeiras cólicas. E chovia. E eu semtia-me um pouco perdida e assustada. As melhores horas eram as que passava no centro pré pós parto a fazer aulas de recuperação. Sempre saíamos de casa, mas voltávamos logo depois. Estava frio. Anoitecia cedo. E ali ficávamos os dois muito sozinhos em casa. E depois veio o segundo filho. E eu sempre disse que ia ser um bebé de rua. E foi! E foi tão bom. Tão libertador! Ia comigo levar e buscar o mano à escola, íamos ao parque depois da escola, à padaria, à esplanada, ao mercado... Ele enfiado no sling, balouçava ao ritmo do meu coração, e eu estava feliz por estar a ter uma experiência tão mais positiva. Fizemos a nossa vida na paz e na alegria. E ele sempre feliz e tranquilo. Adorava, como fui reler aqui. Agora vem o terceiro filho. Vai nascer em Janeiro como o mano grande, mas não tenciono ficar com ela fechada em casa. Vai andar bem agasalhada e protegida no sling e vai andar comigo nas minhas andanças e logística do dia a dia, entre a escola dos manos, as actividades, o mercado, as minhas aulas de recuperação pós parto... Não achei nada positiva a experiência de ficarmos fecchados em casa, pode ser muito solitário para uma mãe, especialmente de primeiro filho, estar fechada em casa, isolada com o bebé. É importante estabelecer uma nova rotina que inclua sair de casa, aproveitar os dias em que não chovem para dar um passeio, sair, ver pessoas... Até porque toda a gente já sabe: mães felizes filhos felizes!!
Da minha primeira filha, o pediatra recomendou-me que não saísse de casa no primeiro mês. Nasceu em Março. E eu cumpri escrupulosamente, aliás, saí com ela à rua dois meses e um dia depois de ter nascido, excepção feita às idas ao pediatra para pesar e às vacinas. Na segunda, que nasceu, igualmente em Março, fez-me a mesma recomendação. É óbvio que no primeiro mês, que esteve especialmente frio, não andei a sair todos os dias, mas lá fui saindo mais. No entanto, passado o primeiro mês, agasalhada consoante a temperatura, passei a sair e a andar com ela para todo o lado.
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