Foi ontem ao final do dia. Filho grande no piano com a avó e filho pequeno a preparar-se para ir para o banho com a supervisão da minha querida empregada. Claro que quando o Afonso percebeu que eu ia sair começou num berreiro, mas eu disse-lhe que voltava rápido e lá fui. Custou-me deixá-lo a chorar, mas ultimamente o Afonso está numa fase em que não me larga. Não quer mais ninguém a não ser eu. Não quer o pai, a avó, a empregada... Chora para ficar na creche e está sempre agarrado à chucha e à fralda. Eu sei que é uma fase, e que as fase passam... Mas custa vê-lo tão carente e agarrado a mim. E isto começou (ou melhor, agravou porque ele sempre foi muito menino da mamã) desde que a minha amiga A. teve a filha... A presença de um recém-nascido incomodou-o imenso. É muito ciumento. Mas temos de contrariar isso. Dou-lhe muito mimo, beijos e abraços, mas faço-o perceber que o meu colo também dá para o mano, para os primos... Faço-o sentir-se seguro quando vou trabalhar ou correr, prometendo que regresso rápido... Como disse acho que são fases.
E ontem, apesar do choro, lá fui correr. Eu sabia que ele ia ficar bem e que a S. é um amor com ele, e que em poucos segundos ia deixar de chorar. E sabia que a avó e o mano também estariam a chegar. E lá fui carregar as minhas baterias, que nos últimos dias havia sempre qualquer coisa que me boicotava a corrida.
Foram 6 km bem bons. Já tinha saudades de correr na Cidade Universitária sozinha. E soube mesmo bem.
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