Ainda sobre a alimentação

Eu já aqui tinha partilhado em tempos esta entrevista, mas agora que está lançado o debate, aqui fica.

A geração dos nossos filhos terá uma esperança de vida mais reduzida do que a nossa por causa dos estilos de vida e da alimentação. Primeiro, os produtos altamente processados pela indústria alimentar conduzem a uma desnutrição em nutrientes fundamentais e ingerimos uma grande quantidade de calorias vazias. Segundo, são muito diferentes dos alimentos originais e o organismo não sabe lidar com eles, não os reconhece como alimentos. Depois, há uma sobrecarga tóxica inerente à alimentação que provém dos agroquímicos (da produção), dos conservantes, corantes e adoçantes que são adicionados para preservar os produtos durante mais tempo e para os manter bonitinhos.

Atenção ao que comemos. Precisamos de estar informados, diz a diz a médica Cristina Sales. Saber comer é pura informação. E uma das coisas que mais me impressionou na reportagem da SIC foi um pai achar que não fazia mal um filho beber 4 a 5 pacotes de icea tea todos os dias.

Mas continuo a dizer que não devemos cair em fundamentalismos. Se privarmos completamente uma criança de tudo o que tem açúcar e lhe é apetecível quando chegar a uma festa de anos ou for a casa de alguém fica maluquinho com tantos doces. Ou acham que vai negar? Agora se os doces, as guloseimas e os sumos forem quase excluivos em dias de festa, se ao pequeno almoço comerem pão (sem ser de pacote), beberem leite simples e comerem iogurtes naturaism, se comerem fruta e legumes a todas as refeições, se beberem água quando têm sede penso que é o mais sensato. Sem excessos e sem fundamentalismos. Mas isto é a minha opinião e a forma como eu lido com a nossa alimentação.