O meu filho hoje de manhã estava do avesso. E eu parte sinto culpa porque adormeci e depois meti a primeira a fundo para sairmos de casa a horas. Mas o mais velho estava naquelas manhãs em que está mesmo do contra. Quis mudar a roupa escolhida e eu acedi. Achei que não tinha mal e mudámos. mas depois começou aos saltos e aos pinotes em cuecas pela casa... E andou nisto muito tempo. E eu com calma e paciência a explicar que ele tinha de se vestir. Que precisava da colaboração dele para sairmos de casa a horas. E a coisa foi ficando cada vez menos tranquila. Até que o pai se zangou - é desesperante quando eles não colaboram - e eu também. Estávamos já todos a terminar o pequeno-almoço e ele não se vestia. Estava na dele. A desafiar. E depois queria escolher os Lego para levar para a escola. E foi proibido de o fazer. Estava a portar-se mal. Não levava Lego. Ficou furioso e saiu, batendo a porta do hall. Ficou de castigo. Sem playstation no fim de semana. Mais gritos e birras da parte dele. Lá consegui que ele se acalmasse e se vestisse. Lá consegui que ele se juntasse a mim e ao mano para comer. (O pai já tinha ido embora trabalhar, que eu tenho liberdade de horário e ele não) Consegui que ele prometesse que nunca mais batia com a porta. Expliquei que na nossa família não agimos assim. Fi-lo perceber que compreendia a zanga e a frustração dele, mas ele tinha de compreender a nossa. Pediu mimo. Eu abracei-o e saíamos de casa a tempo. E eu consegui controlar os gritos. Não gritei e tentei ser positiva. Tentei levá-lo a cooperar comigo. Não é fácil quando eles estão do avesso. Não ouvem nada, não querem saber, e aí é que nós não deitamos lenha para a fogueira, mas mantemos a calma e a serenidade. Tenho o livro da Magda na cabeceira e acredito mesmo que é esse o caminho que quero para a minha família.
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