Tenho um trabalho que adoro. Vivo da escrita, que é a minha paixão. Conto histórias, que é das coisas que me dá mais prazer fazer. Tenho a sorte de poder gerir os meus horários e conciliar a minha vida para poder ir buscar os miúdos à escola a horas decentes, ficar com eles quando estão doentes... Faço a gestão do meu dia e do meu tempo. E isso é um luxo. Posso trabalhar na empresa, em casa ou na praia. Tanto faz desde que o trabalho fique feito dentro dos prazos. E por este prisma consigo muito bem conciliar o trabalho e a família. Mas depois há um outro lado... O lado das festas, dos jantares, das galas... Ainda ontem houve a entrega dos prémios SPA e eu não consegui ir... E hoje há um jantar e eu também não consigo ir por causa dos miúdos, que o meu marido agora doente não pode ficar com os três e eu não posso estar sempre a cravar a minha mãe... Quando são aquelas reuniões de trabalho que tenho de dois em dois meses e que já sei que são intermináveis, que eu já sei que estão planeadas e que só terminam lá para as 21h, eu peço-lhe, ela ajuda com gosto... Mas custa-me estar sempre a pedir, e desde que o meu marido teve o acidente tenho-a sobrecarregado... E custa-me. De vez em quando peço ajuda à minha sobrinha mais velha ou a uma das minhas cunhadas, mas gosto de me conseguir organizar e gerir a minha vida e sem andar a cravar babysiiting... E a verdade é que me desabituei das festas, dos jantares e da parte mais social do meu trabalho... E não me importo. Quando dá, vou, mas acho que estou cada vez mais reservada... Gosto de regressar ao ninho ao final do dia, e não me importo de passar estas festas... A parte chata é que não tenho tanta visibilidade... Não apareço. Mas faço o meu trabalho, com imenso gosto. E vou contando que baste.
É realmente difícil conciliar o ser mãe com todos os outros papéis da nossa visa, mas vai-se gerindo.
ResponderEliminarQuando as coisas assentarem podes voltar ao ritmo.
Beijinho
Já eu, nunca gostei da parte social do trabalho!
ResponderEliminarBeijinho