De manhã, quando saio do quarto, coloco o telemóvel no bolso de trás das calças para não me esquecer dele. Foi o que fiz ontem e quando o ia pousar na bancada… ups! escorregou e mergulhou… na sanita. O maridão tirou logo o cartão e enfiamo-lo em arroz… Fui buscar um antigo para desenrascar. Hoje de manhã tenho um presente do dia dos namorados. Um telemóvel novo! Não, não foi o maridão que foi a correr comprar. Foi o universo. O meu homem já sabia que o meu telemóvel estava a dar as últimas – já passava o dia ligado ao carregador ou ao powerbank, e há uns tempos tinha-o encomendado para quando o meu morresse. E aconteceu tudo no mesmo dia. Se isto não é sintonia do amor, não sei o que será. São 15 anos em comum. Muito namoro, muitos dias bons, muitos dias difíceis, risos e lágrimas, uns dias de mãos dadas, outros nem por isso, muita cumplicidade e, acima de tudo, a certeza de que nos queremos, mesmo com dias em que tudo parece difícil – nós e os miúdos - e com noites mal dormidas que dão mau humor matinal.
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