A minha Francisca é muito, muito minha. É ao meu colo que gosta de adormecer e de se aninhar. É onde se cala de imediato quando algo a incomoda e faz chorar. É no meu peito que se alimenta e se enrosca, sentindo-se segura e protegida. Quando ela começa a palrar, choramingar de fome eu sinto o meu leite a subir! É incrível! Os seus olhos seguem os meus passos e a minha voz. Sorri muito para mim (mas aqui não tenho exclusividade porque ela sorri muito para o pai e para os manos) Somos cúmplices. Estamos juntas 24 horas por dia. Dorme longas sestas enroscada no meu colo para não bolsar e é tão bom, adoro tê-la nos meus braços, enroscada no meu colo. Quando não estou por perto fica inquieta. E é normal que assim seja. É a minha cria, o meu bebé. Só gosta de ir a outros colos quando eu me mantenho por perto. E ai de alguém que lhe pegue quando começa a ficar com fome. Hoje de manhã fomos ao mercado de Benfica fazer as nossas compras semanais. Ia acordada para delícia da Dona Carolina, que se lembra sempre do nome dela e se encanta com a minha filha. E enquanto eu me movimentava em frente da banca a escolher as coisas dizia uma "freguesa" já de idade: oh, menina, quantas voltas a mãe dá quantas voltas dá a filha... Ela não a perde de vista. E é mesmo assim. Ela sabe bem quem é a mãe. E nesta fase inicial da vida, nesta fase tão física de mãe de filha eu sinto-a muito minha e sinto que sou o centro do mundo dela. Este mundo vai alargar à medida que ela vai crescendo, ganhando asas, mas para já há um elo fortíssimo entre nós. Um elo único, que se irá transformar ao longo dos anos, mas que eu espero que nunca se quebre.
Serás sempre mãe...todos os laços se podem quebrar...mas mãe...ai...
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