O meu marido anda num ritmo louco (e involuntário) de trabalho, que vem dormir a casa (entrando já madrugada a dentro) e pouco mais. Um horror! Eu sinto-me sozinha e mãe solteira, o Afonso nunca vê o pai, mas acho que quem está a sofrer mais com esta ausência é o nosso mais velho. Ontem fui buscá-lo à creche e ele vinha com uma mini motinha na mão. Eu disse-lhe que aquele brinquedo não era dele, mas ele disse que era. O pai tinha ido comprar com ele. Perguntei quando e ele disse que naquele dia. Disse-lhe que achava que ele estava a fazer confusão e lá saímos, trazendo a mini mota que ele jurava a pés juntos ser dele. No carro, fiz a pergnta diária. Qual foi a melhor parte do teu dia? E ele disse que foi quando o pai o foi buscar para irem à loja. E eu já a ficar preocupada e a perceber o que se estava a passar. Não adiantei o assunto, porque percebi que ele estava em sofrimento. O meu marido chegou de madrugada e, por isso, hoje quando acordámos ainda estava em casa. O meu filho quando percebeu que o pai estava em casa correu para o nosso quarto a transbordar de alegria e foi-lhe mostrar a mota que tinham ido comprar juntos. O meu marido lá esteve a falar com ele, a dizer que adorava ter ido à loja comprar aquela mota, mas que aquela deveria ser de outro menino. E o meu filho sempre a insistir que não. E hoje quando o fui deixar à creche, a educadora disse que precisava de falar comigo... Não podia naquele momento, porque tinha uma chamada urgente à espera, mas que tínhamos de falar... E vai dizer novamente que ele tem falta de pai como disse há 2 semanas? E tem! Eles têm falta de pai e eu falta de marido. Mas na empresa semi-pública onde trabalha o meu marido não há contratações. E ele e o colega dele do departamento estão num projecto novo que tem de implementar esse projecto em não sei quantos clientes. E como não se pode contratar eles têm de fazer o trabalho. Horas extra? Nem pensar. 40 horas semanais? Era bom! Mas neste momento ele está a fazer uma média de 90 horas semanais. Isenção de horário? Nesta altura, não! Gozar os dias de licença de paternidade e de férias que estão por gozar? Só no próximo ano! Estamos todos a sofrer? Claro que sim. E muito! E são sempre as famílias as mais prejudicadas neste mundo louco onde vivemos!
É verdade e difícil... principalmente quando os filhos se começam a ressentir! Mas concretiza é uma fase e tudo voltará ao normal... espero que passe rápido!
ResponderEliminarBeijinhos grandes
Nota: Cá em casa de Novembro a Março quase não há marido, mais ou menos pelas mesmas razões... sei bem que não é fácil!
É uma treta, não? Boa sorte para vocês! Bjs e bom fim de semana
EliminarNa minha opinião (de quem passou por estar sózinha com a criança durante vários meses) a solução é explicar-lhe muito bem o motivo de o pai não estar presente no dia à dia. As crianças aceitam bem as situações se as compreenderem.
ResponderEliminarMas imagino que seja muito complicado um irmão pequeno e a ausência do pai tudo ao mesmo tempo.